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Presidente da FPF isenta Sport de responsabilidade em confusão na Ilha

Em entrevista à Rádio Jornal, Evandro Carvalho afirmou que confusão que deixou pelo menos 60 feridos foi um acidente. Time não deve ser punido

Rádio Jornal
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Publicado em 08/03/2018 às 10:59

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No Rio de Janeiro para uma viagem a trabalho, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, concedeu entrevista exclusiva para o comentarista Ralph de Carvalho sobre a confusão envolvendo a torcida do Santa Cruz e a Polícia Militar dentro da Ilha do Retiro. O incidente lamentável deixou pelo menos 60 pessoas feridas, com 25 remoções para a Unidade de Pronta Atendimento localizada na Abdias de Carvalho, incluindo ferimentos com gravidade.

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Evandro Carvalho minimizou a responsabilidade do Sport e afirmou que o time não deve ser punido. Para o presidente da FPF, o fato foi um acidente e não uma briga entre torcidas. Confira a entrevista completa:

A confusão aconteceu no final do primeiro tempo. De acordo com Evandro Carvalho, a PM teria tentado tirar um sinalizador da mão de um torcedor do Santa, que comemorava um gol. A Polícia teria agido com truculência e o conflito teria assustado outros torcedores.

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No Reinício do jogo

Na confusão, torcedores precisaram ser atendidos dentro do campo. As ambulância do Serviço Móvel de Urgência e dos Bombeiros entravam a todo momento para fazer os atendimentos e as remoções. Mesmo assim, os times voltaram ao gramado e o jogo recomeçou normalmente.

Para Evandro Carvalho, o juiz acertou em reiniciar o jogo, mesmo com os atendimentos dentro do Estádio. "A vida humana é o primordial e essa é a razão do jogo reiniciar. O procedimento em caso de acidente dentro de campo é exatamente esse", disse, afirmando que o jogo só seria paralisado se houvesse risco de morte ou se houvesse risco à segurança.

O presidente explica que o reinício do jogo muda o foco dos demais torcedores e esvazia o local, ajudando os atendimentos médicos. "Apesar de algumas pessoas acharem que foi insensibilidade reiniciar o jogo, não é. É uma simples conduta técnica operacional", recrutou.

Não houve falha na estrutura

Para Evandro Carvalho, não houve falha na estrutura nem na organização do local. "Eram cerca de 2 mil pessoas. Tinha espaço para até 4 mil pessoas. Não havia aglomeração", diz.

Falha da Polícia

"A informação oficiosa é eu tenho é que houve um incidente na torcida do Santa Cruz que demandou a necessidade da Polícia de prender, ou apreender, algumas pessoas. A Polícia foi recebida com violência", disse. "Essa é a informação preliminar que eu tenho. A PM vai averiguar e vai nos informar", completa.

"A Polícia entendeu que deveria intervir. O que a Polícia vai avaliar se houve exagero", disse. "Não temos competência para aferir isso", completa.

Danos ao patrimônio

Evandro Carvalho afirma que não houve danos ao patrimônio do Sport. "As imagens divulgadas na internet são falsas. Não houve quebra de portão, nem danos ao patrimônio do Sport, nada", diz. Questionado por Ralph de Carvalho se ele não estaria minimizando o incidente, Evando Carvalho afirma que não está minimizando. "Muito pelo contrário. O que estou dizendo é que não houve conflito antes de entrar no estádio. O incidente é grave", diz. "Temos que aprender e evoluir. Queremos aproveitar o momento para criticar as pessoas que estão divulgando informações falsas", afirma.

Estádio sem punição

Para o presidente da FPF, a princípio não existe previsão legal de punição, seja contra o time ou contra o estádio. "Não houve conflito entre torcidas, nem invasão de campo", diz. "Compete à Federação esperar os relatórios da Polícia e avaliar que medidas, caso sejam necessárias, serão tomadas", completa.

Entenda a confusão

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A confusão teve início quando o juiz se preparava para encerrar o primeiro tempo e um torcedor, na comemoração do gol do Santa Cruz, tentou acender um sinalizador, informou o repórter da TV Jornal Denis Cavalcanti. O artefato é proibido por questões de segurança e a polícia tentou impedi-lo. O problema é que muitas pessoas se assustaram com a ação dos PM's e acabaram caindo umas por cima das outras, como um efeito dominó. Quem estava mais embaixo se desesperou e tentou forçar o portão de acesso ao campo. Os policiais revidaram com spray de pimenta.

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