NÁUTICO

Punição da CBF proíbe Náutico de registrar jogadores

Uma das ações movidas contra o Timbu vem do técnico Milton Cruz, que comandou o clube em 2017

Klisman Gama
Klisman Gama
Publicado em 24/10/2019 às 12:03
Bobby Fabisak/JC Imagem
FOTO: Bobby Fabisak/JC Imagem

O Náutico foi surpreendido neste ano com uma punição da CBF, imposta em agosto, por conta de atrasos no pagamento de ações movidas contra o clube, sendo a maior delas pelo técnico Milton Cruz - que teve passagem pelo clube em 2017. Além dela, a falta de repasse de valores referentes ao mecanismo de solidariedade da Fifa também está inclusa. Com isso, o Timbu está impedido de registrar novos jogadores por seis meses e, desta forma, tem passado por dificuldades nas categorias de base.

A ação movida pelo técnico voltou a ser paga pela atual gestão, que quitou as parcelas atrasadas. Contudo, ainda existe um grande valor para ser pago - acima de R$ 300 mil -, do qual o clube não tem condições de pagar hoje. E só com esse pagamento o registro de novos atletas será desbloqueado antes do período determinado pela CBF.

“Numa situação dessa, pagamos 100 mil reais que estava em atraso dessas parcelas. Nosso jurídico está em um esforço enorme, estamos fazendo de tudo, ido à câmara, fazendo o pedido de reconsideração. Quando houve o atraso das parcelas conta como acordo desfeito e Náutico passou a ter o registro (de atletas bloqueado). Faltam muitas parcelas E a gente tem tentado fazer. Falei até para o Milton (Cruz) em mensagem de áudio, que não nos falta caráter, nos falta dinheiro. Mas dentro do que a gente pode honrar, a gente honra. A gente já deve ter pago quase 150 mil reais disso e estamos com tudo travado com relação a isso. O que chegou para a gente é que só vai destravar o sistema se a gente quitar um valor que está bem acima de 300 mil reais, e a gente não tem esse dinheiro”, contou o vice-presidente de futebol do Náutico, Diógenes Braga.

 

Reflexos na base

O Sub-15 do Alvirrubro está atuando no Campeonato Pernambucano da Categoria com apenas 10 jogadores. Não há reservas nem mais atletas, por causa deste impedimento. “O Sub-15 está passando por um verdadeiro drama, jogando com um a menos, sem substituição. Antes tínhamos os 11, mas um jogador saiu e ficou com um a menos. A equipe, que tem sido capitaneada pelo treinador Otávio Augusto, tem sido absolutamente guerreira e estamos colocando aqui todo o orgulho que o clube tem do nível de dedicação desses garotos. A gente tem feito o possível, tem pedido muito, pago com toda a dificuldade”, contou Diógenes Braga.

Além disso, o Sub-20, que irá disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior em janeiro, não conseguiu ter alguns atletas inscritos para a competição, também por conta desta punição. “Queremos que revalide esse acordo, porque a gente está com uma situação de bloqueio. Isso, por exemplo, alterou algum dos nossos planejamentos para a Copa São Paulo de Futebol Júnior, porque alguns atletas que pretendíamos levar, não conseguimos inscrever, já que passou o prazo de inscrição. Alguns que pretendíamos levar, não poderemos e perdemos essa oportunidade”, finalizou o dirigente.

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