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Diretor do Náutico detalha política salarial do clube

O Náutico também homenageia ex-conselheiro alvirrubro

Pedro
Pedro
Publicado em 19/05/2020 às 14:49
Léo Lemos/Náutico
FOTO: Léo Lemos/Náutico

Durante uma live no Instagram como jornalista Venê Casagrande, o vice-presidente executivo do Náutico, Diógenes Braga, falou sobre a política de salários da equipe alvirrubra que vem conseguindo ficar em dias nos últimos anos e também durante a pandemia do covid-19. Houve um atraso no pagamento dos direitos de imagem do mês de abril, já que a data de vencimento foi no dia 20 de abril e o Náutico só quitou o pagamento da carteira no início do mês de maio. De modo geral o Timbu vem conseguindo captar recursos para manter o pagamento.

Diógenes falou sobre a política de pagamentos do Náutico. “A gente preza muito por cumprimento dos pagamentos. Quando a gente assumiu o clube, ele tinha um problema de credibilidade absurdo. A gente tinha uma dificuldade muito grande de contratar atletas, porque o Náutico era um clube que tinha uma fama terrível no mercado. Era um clube que não pagava”, disse.

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“Aí o atleta vinha para cá pedindo três vezes o que ele queria, porque ele sabia que ia receber só metade do contrato. A gente modificou isso. Sofremos demais no começo. Fomos para uma política de responsabilidade, mas de cumprimento. Estamos a frente do clube, o presidente é empresário, eu sou empresário e sabemos que fazer uma gestão financeira é fundamental. Tem gente que imagina que futebol é contratar jogador, botar para jogar, dar manchete para o jornal e fazer oba oba com a torcida. Na nossa visão não é assim”, afirmou.

“Na nossa visão, os 90 minutos é a ponta do iceberg. Você tem que ter toda uma estrutura de base. Passa pelo cumprimeto de salários, mas não só isso. Passa por uma boa condição de trabalho no dia a dia, campo para treinar, ambiente para concentração, tudo. É preciso que o jogador tenha orgulho de vestir a camisa que ele tá, que tenha respeito pela instituição que ele está, seja tratado com respeito para que ele tenha respeito pelo clube. Isso reflete em campo. Nós tivemos ao longo desses anos de gestão vitórias magníficas. O jogo do acesso contra o Paysandu é um jogo épico para o Náutico. Isso só consegue se tiver uma identificação do atleta com o clube e um respeito muito grande entre as partes. Para isso é preciso que se cumpra os salários”, explicou o diretor.

“A gente tem a ver a dificuldade com o fluxo financeiro, porque a quantidade de receita caiu de forma absurda e se a gente vê essa possibilidade (reduzir salários) a gente chama os atletas e conversa. A relação entre diretoria e atletas é de muito respeito e de alto nível e se houver a necessidade a gente vai sentar e conversar”, completou.

Redução de salário pode ser estendida

O Náutico está estudando o acordo de redução salarial com os atletas, que foi feito por 60 dias, reduzindo 25% dos direitos de imagem e incidindo no valor global do salário. Diógenes Braga também falou sobre o assunto na Rádio Jornal e disse que o Náutico está operacionalizando alguns recursos que entraram, também prevendo algumas outras receitas que podem entrar no mês de maio para ter uma noção maior no mês de junho e saber se vai de fato precisar continuar pagando menos para os jogadores e se isso acontecer, vai existir uma conversa com os jogadores.

Homenagem

O Conselho Deliberativo se reuniu na última segunda-feira (18), em reunião ordinária em videoconferência. A pauta mais aguardada pelo torcedor, sobre o balanço financeiro do Náutico, para explicar a redução de passivo aconteceu, já que 48% do passivo do Náutico caiu de um ano para o outro, mesmo com o clube estando em uma Série C. No entanto, o Conselho não debateu esse balanço e só deve debater no mês de junho. A pauta principal foi uma homenagem ao ex-conselheiro do Náutico Raphael Gazzaneo que faleceu por conta do coronavírus.

Homenagem essa que foi definida. Agora a arquibancada central foi batizada de Setor Gazzaneo.

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