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Com vários jogadores com coronavírus, Imperatriz pode não entrar em campo contra o Santa Cruz

A equipe maranhense só tem 13 atletas à disposição para a partida

LOURENÇO GADÊLHA
LOURENÇO GADÊLHA
Publicado em 28/10/2020 às 10:19
Reprodução/Twitter
FOTO: Reprodução/Twitter

Goleada, lanterna e baixas no elenco. O sofrimento vivido pelo Imperatriz na Série C do Campeonato Brasileiro parece não ter fim. Adversário do Santa Cruz no próximo sábado, o Cavalo de Aço vive uma grave crise financeira que tem se refletido diretamente no desempenho da equipe dentro de campo. Além da pior campanha entre todos os times participantes na competição, o time maranhense tem apenas 13 jogadores à disposição para o confronto diante do Tricolor do Arruda e os seis contratados na semana passada não podem ser regularizados devido a uma punição da Fifa decorrente de uma dívida com o Atlético Fênix (URU).

Neste contexto, os atletas que estão regularizados e à disposição ameaçaram não entrar em campo na próxima rodada se a situação junto à Fifa não for resolvida. Eles alegam desgaste excessivo por conta da falta de peças para substituição. O Imperatriz ficou impedido de inscrever novos atletas até o fim da Série C devido ao não pagamento de uma taxa ao Centro Atlético Fênix, do Uruguai, pela contratação do meia-atacante Breno Caetano, que jogou pelo clube no primeiro semestre.

A dívida é de aproximadamente 40 mil dólares (equivalente a R $224 mil), de acordo com a assessoria do clube. O valor cobrado pelo clube uruguaio faz parte do mecanismo de solidariedade criado pela Fifa, que prevê a cada transferência, 5% do valor total da negociação seja dividido entre as equipes que ajudaram na formação do atleta. O Cavalo de Aço não efetivou nenhuma taxa ao Fênix pela transferência.

Além disso, o clube alega que na época da contratação, o jogador estava livre no mercado. Porém, mesmo nesse caso, o mecanismo de solidariedade não fica isento. Por isso, o time só pode voltar a inscrever novos jogadores se realizar o pagamento ou estabelecer algum acordo com o Fênix. Para completar a situação difícil, o time maranhense só pode inscrever mais três jogadores e fazer cinco substituições na Série C.

Ou seja, no total, o time pode ter até oito novos jogadores à disposição. É um número próximo aos que foram contratados na última semana. Após a saída de 14 jogadores desde o início da Terceirona, o Imperatriz contratou seis novos atletas para a sequência da competição, foram eles o lateral-direito Hudson, os meias Ilaílson Aguiar, Rodrigo Ainette, Valker Sampaio e Araújo, além do atacante Kennedy Balotelli. Os atletas aguardam a resolução do imbróglio junto ao Fênix para serem inscritos na Série C.

De acordo com informações da setorista do clube Ananda Portilho, a diretoria do Imperatriz tinha uma reunião marcada para esta tarde para definir o futuro do clube. Segundo a jornalista, a chance de não acontecer jogo no próximo sábado é “muito provável”. Até o momento da publicação da matéria, nenhum resultado do encontro foi divulgado publicamente.

 

DESEMPENHO

Na rodada do final de semana, o Imperatriz foi goleado pelo Remo por 5 a 0 em Belém do Pará. O resultado é a 11ª derrota consecutiva do Cavalo de Aço, que soma apenas um ponto na Série C. Em 12 jogos, foram 11 derrotas e um empate, com um total de 32 gols sofridos e apenas sete marcados. O saldo negativo de -25 é disparado o pior da competição. Além disso, o time tem um aproveitamento de apenas 2,8%. No primeiro turno, o time maranhense perdeu para o Santa Cruz por 2 a 0 no Arruda. Na ocasião, Denilson e Chiquinho marcaram os gols do tricolor.

Depois da goleada sofrida para o Remo, o zagueiro Ramon Baiano não poupou críticas a antiga diretoria de futebol do Imperatriz, que tinha como gestora a empresa JB Sports. O atleta alegou que “as pessoas que assumiram o time foram embora e deixaram o clube na mão”. Além disso, ele também lamentou a situação de ir para um jogo com apenas 13 jogadores à disposição. E ao que tudo indica, o fato deve acontecer novamente contra o Santa Cruz pela 13ª rodada da Série C.

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