SPORT

Presidente do Sport em exercício, Carlos Frederico diz que situação não lançará candidato

As eleições do Sport vão acontecer em dezembro

Lucas Holanda
Lucas Holanda
Publicado em 20/11/2020 às 15:23
Divulgação/Sport
FOTO: Divulgação/Sport

Na última quinta-feira, o presidente Milton Bivar confirmou que não será candidato à reeleição do Sport. Nesta sexta-feira, o mandatário confirmou que está tirando licença e de que o então vice-presidente, Carlos Frederico, assume essa função no Poder Executivo do clube até o fim do mandato. Além desses acontecimentos, um novo fato deve acontecer. Em entrevista ao Jornal do Commercio, Carlos Frederico afirmou que a situação não deve lançar nenhum candidato para a eleição do Sport, prevista para o dia 18 de dezembro.

“Não, não. A gente não deve ter candidato. Não há interesse nenhum. O Sport está muito dividido politicamente. Foi uma surpresa para nós observar os movimentos que fizeram, até mesmo dentro da coligação e união de forças que elegeram Milton há dissidências e há insatisfeitos. Então acha que a melhor forma desse pessoal estar dentro do clube é via eleição, via voto”, explicou Carlos Frederico, presidente em exercício do Sport até o fim da gestão Milton Bivar – que acaba em dezembro.

Ao ser questionado sobre o que achava da eleição do Sport acontecer em dezembro, durante a disputa da Série A, Carlos Frederico afirmou que isso é muito ruim para o clube. Além disso, destacou que a ideia por parte de Milton Bivar era de buscar um consenso, com o presidente emprestando o nome dele para o pleito. No entanto, segundo Frederico, há uma luta dentro do clube pelo poder, algo que, de acordo com ele, não combina com quem está no comando do clube hoje.

“Muito ruim para o clube (eleição em dezembro). O que o presidente tentou desde o começo foi buscar um consenso. Ele emprestaria o nome dele para esse consenso, mas o que ele viu foi uma luta dentro do clube pelo poder. E isso não combina com ele e nem comigo, não faz parte do nosso dia a dia. Eu e ele encaramos a presidência do Sport como um grande sacrifício. Uma coisa de sacrifício enorme, onde a gente vai por exigência e pedidos do nosso grupo. Suspeito muito de pessoas que têm uma gana de ser presidente do clube a qualquer preço. Só posso pensar que essas pessoas têm outros interesses que não somente ajudar o clube. Quem só tem interesse em ajudar o clube não aguenta ficar mais do que dois anos. E já vai para esses dois anos no sacrifício”, afirmou.

Decisão de Frederico assumir já vinha sendo debatida

Além desses pontos citados acima, o presidente do Sport em exercício também afirmou que as conversas entre ele e Milton Bivar já vinham acontecendo. Portanto, já era esperado que Carlos Frederico assumisse à presidência do clube, e que Bivar tirasse essa licença no fim deste mandato. “Isso é uma coisa que já vinha sendo tratada por mim e por ele há muito tempo. Não foi nenhuma surpresa nem para ele e nem para mim. A gente já vinha combinando de que ele tiraria essa licença na reta final para poder resolver alguns problemas pessoais”, afirmou.

Questionado se Milton tirou essa licença por ter discordado de algum trecho do novo estatuto – ainda não aprovado -, Carlos Frederico disse que isso não teve nada a ver com a retirada de Bivar na reta final do mandato. “Não, não. De forma alguma. Até porque esse estatuto sendo aprovado não afetaria em nada o segundo mandato nele, mas apenas seguinte”, disse o mandatário. Bem de saúde, o mandatário completa destacando que o momento é de dar continuidade ao trabalho.

“O momento é de dar continuidade ao trabalho que o presidente Milton Bivar vem realizando. Não vai haver nenhuma mudança e nenhum prejuízo para a gestão do clube, já que eu já vinha acompanhando ele nas decisões e em todas as tratativas. Sempre tive junto com ele acompanhando tudo, então não vai haver nenhum problema maior nessa mudança. É só para que ele tenha um pouquinho mais de tempo para ele”, explicou.

Com o prazo de inscrições de novos jogadores terminando nesta sexta-feira, a tendência é de que o Sport não anuncie mais ninguém, tendo em Dalberto – reforço anunciado na última terça-feira – a sua última contratação para a Série A. “Não. Não há nenhum coelho na cartola. Não há nada que a gente possa fazer às pressas, ou pela pressão pelo prazo. A gente teve uma lista de reforços que a gente buscou, e o que não aconteceu até hoje dificilmente vai acontecer hoje (sexta)”, finalizou Carlos Frederico.

VEJA MAIS CONTEÚDO