Justiça

Magrão e Sport fecham acordo sobre dívida e rescisão de contrato

Goleiro entrou na Justiça contra os rubro-negros por conta de atrasos salariais e também com o pedido para deixar o clube

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 09/07/2019 às 17:39
Alexandre Gondim/JC Imagem
FOTO: Alexandre Gondim/JC Imagem

O goleiro Magrão chegou a um acordo com o Sport, divulgado na tarde desta terça-feiura, sobre os atrasos de salários cobradas pelo goleiro na 10ª Vara do Trabalho do Recife . O clube pernambucano terá que pagar R$ 1,875 milhão, divididos em 44 parcelas, e ainda terá que rescindir o contrato do jogador junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Magrão pediu a rescisão unilateral do contrato e R$ 5.016.853,16 como valor da causa. Apesar de todo o contexto conturbado, as reuniões de conciliação conseguiram avançar bastante e chegaram rapidamente a este resultado, encerrando a passagem de 14 anos do ídolo na Ilha do Retiro.

O resultado do processo foi publicado no site do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região no final da tarde desta terça-feira (9). O Sport terá que pagar o valor acordado em 44 parcelas, no valor de R$ 42.613,00 cada uma. A primeira será paga já em agosto, com vencimento no dia 20. A partir daí, os pagamento ocorrem sempre no dia 15. Caso ocorra o atraso de cinco dias no pagamento desse acordo, há uma multa de 100% do valor. Se, no período de dez dias, o Rubro-negro não liberar Magrão, terá que pagar uma multa de R$ 10 mil. Sobre a rescisão, as duas partes concordam que o contrato foi encerrado no dia 25 de junho.

Relembre o caso

A ação de Magrão contra o Sport, para cobrar atrasos salarias e também a rescisão de contrato, veio a tona no dia 25 de junho, depois do goleiro não ter se reapresentado ao clube para treinar, durante a paralisação da Série B. Em um primeiro momento, o caso ficou sob segredo de justiça, com a juíza Ana Isabel Koury. No entanto, ela informou, com exclusividade na Rádio Jornal, que deixou o caso para evitar insinuações de parcialidade na solução do processo, seja pela parte acusadora (Magrão) ou do acusado (Sport), por ser casada com um ex-dirigente do Leão, Flávio Koury.

O processo passou a ficar com a Dra. Maria Carla Dourado de Brito Jurema, que quebrou o segredo de justiça e, com isso, foi possível observar o valor de R$ 5.016.853,16 cobrados pelo goleiro Magrão, referentes ao não recolhimento do FGTS, salários atrasados (na CLT), direitos de imagem, férias, 13º e premiações relacionadas aos anos de 2010 a 2019. Os representantes dos clubes e do jogador participaram de duas reuniões para tentar um acordo inicial e, em ambas, as partes comentavam sobre a expectativa de acerto.

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