Começou nesta quarta-feira (23), no Fórum Thomaz de Aquino, na área central do Recife, o julgamento do ex-prefeito de Sanharó, Rannieri Aquino de Freitas. Ele é acusado de ser o mandante da morte do fazendeiro e opositor político José Arnaldo Didier Leite.
O crime ocorreu em agosto de 2003 em Sanharó, no Agreste do Estado, e pode ter motivações políticas. O pecuarista José Arnaldo Didier teria sido morto por ter denunciado irregularidades de Rannieri Aquino de Freitas com dinheiro público.
De acordo com o inquérito, o crime foi praticado pelo ex-policial militar Magel Giovane Ramalho Calado, contratado por Rannieri, que também será julgado nesta quarta-feira. O outro envolvido José Nilson Noronha de Souza, que teria ajudado Magel Giovane no crime, foi assassinado com 15 tiros em março de 2012.
Uma das testemunhas arroladas pela acusação é a irmã da vítima, Maria de Lourdes Didier. Ela integra o Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos. Saiba mais na reportagem de Rafael Carneiro:
Julgamento
O ex-prefeito de Sanharó já foi condenado a 115 anos de prisão por vários crimes, entre os quais desvio de dinheiro e fraudes em licitações. Ele está foragido há 20 dias e será julgado à revelia. Após ter realizado uma cirurgia, Rannieri estava em prisão domiciliar e conseguiu fugir.
Antes do início do julgamento, os advogados de Magel Giovani e Rannieri de Freitas ingressaram com requerimento pedindo um novo adiamento pela falta de testemunhas. As alegações foram indeferidas pelo juiz Abérida Nicéias de Albuquerque Filho. A previsão é que o júri popular seja encerrado na quinta-feira (24).