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Mutirões reduzem em 25% o número de presos em penitenciária de Caruaru

Após rebelião no ano passado, a OAB Caruaru intermediou a realização de mutirões para analisar processos de detentos que estavam desacompanhados de advogados

Rádio Jornal
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Publicado em 18/01/2017 às 16:30
Foto: Reprodução


Diminuir o número da população carcerária na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, no Agreste do Estado, é o principal desafio desde que aconteceu a maior rebelião na unidade, em julho do ano passado. O motim causou a morte de seis pessoas, 11 feridos e dois pavilhões destruídos. Desde então, a OAB Caruaru intermediou a realização de mutirões para analisar processos de detentos que estavam desacompanhados de advogados.Foram analisadas 492 pastas que resultaram na diminuição de mais de 800 presos na unidade, incluindo cerca de 300 transferências, 11 somente na primeira semana.

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De acordo com o Conselheiro da OAB Caruaru, Adrielmo Moura, os mutirões diminuíram a quantidade de detentos na penitenciária, mas não o necessário. “Entre os benefícios está o percentual de 25% na diminuição da população carcerária”, afirma.

Confira os detalhes na reportagem de Alexandre Magnum:

DADOS

De acordo com a Secretaria de Ressocialização do Estado, quando aconteceu a última rebelião no município, a o número de presos era de 1923. No segundo semestre do ano passado, houve uma redução de 45% e atualmente o presídio abriga cerca 1090 detentos.

Para a OAB Caruaru, a penitenciária ainda continua superlotada, pois a capacidade física é para pouco mais de 300 presidiários.

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