Polícia aponta que cabo da PM não dirigia veículo que matou motociclista

Da Rádio Jornal
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Publicado em 26/11/2012 às 19:36
Da Rádio Jornal Com informações do JC Online O inquérito do caso do acidente que matou o jovem motociclista Rafael Borborema, 22 anos, na madrugada do último dia 15, foi concluído pela Polícia Civil nesta segunda-feira (26) pelos delegados Carlos Couto, Guilherme Mesquita e Paulo Berenguer. Quem estava ao volante do Pálio azul no momento da colisão não era o  cabo Walbert Antônio Matos de Oliveira, PM lotado no 19º Batalhão preso no dia do acidente acusado de estar dirigindo o carro, mas seu amigo Ednaldo Roberto de Melo Júnior, 26 anos. Ambos estão sendo indiciados por homicídio doloso com dolo eventual (quando se assume o risco de mataram embora não haja o desejo de cometer o crime). Os dois voltavam de um show no Cabanga Iate Clube junto aos amigos Felipe Castro e Rafael Castro, que são irmãos. Eles pediram para descer do carro por volta das 4h10 da madrugada, 40 minutos antes do acidente, pois o policial - que ainda estava dirigindo - havia cometido uma imprudência nas imediações do Largo da Paz, em Afogados. Nesse local, Felipe e Rafael subiram em um ônibus e viram quando Walbert entregou as chaves do carro a Ednaldo. Os envolvidos admitiram ter ingerido, juntos, 2 litros de whisky no show. Após a colisão, que aconteceu no cruzamento da Avenida Dom Helder com a Avenida Recife, o motorista fugiu do local subindo em um ônibus, coincidentemente o mesmo em que os amigos haviam entrado anteriormente. Vendo que o carro em que estavam tinha causado um acidente, Felipe e Rafael desceram do coletivo e ficaram no local. Testemunhas afirmaram que avisaram aos dois policiais militares que chegaram após o atropelamento que Ednaldo estava fugindo. Os dois policiais estão sendo indiciados por crime de prevaricação - contra a administração pública - por não terem tentado impedir Ednaldo de escapar. Nenhum dos envolvidos no crime fez o teste do bafômetro. No dia 16, Ednaldo de Melo Júnior afirmou estar dirigindo o carro do PM quando o acidente aconteceu e que fugiu do local com medo de ser linchado pela população. A polícia não aceitou a versão de Ednaldo e Valbert permaneceu preso no Creed até a sexta-feira (23).