Não há prazo para concluir investigação das causas do acidente aéreo que matou o ex-governador Eduardo Campos

Da Rádio Jornal
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Publicado em 14/08/2014 às 7:40
Atualizada às 14h36 15767_839051906136814_1227362105650151124_n Avião teria arremetido por causa do mau tempo Foto: Tassio Ricardo/Arquivo Pessoa

Não há prazo para concluir investigação das causas do acidente aéreo que matou o ex-governador e presidenciável Eduardo Campos. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Aeronáutica é o órgão responsável para esclarecer a tragédia.

O governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), segue para São Paulo, nesta quinta-feira (14), onde se encontra com o governador do estado, Geraldo Alckmin, para tratar de detalhes do translado dos corpos. A expectativa é que os restos mortais das sete vítimas sejam liberados ao mesmo tempo. Ainda não se sabe quando.

Seguindo as decisões da família de Campos, o velório dele será no Palácio do Campo das Princesas, e a missa de corpo presente, na frente da sede do Governo de Pernambuco. O enterro será no cemitério de Santo Amaro, onde também está enterrado o corpo do avô de Eduardo Campos, Miguel Arraes.

 Sete pessoas faleceram no acidente  Foto: AFP Avião atingiu casas e dez moradores ficaram feridos

O Corpo de Bombeiros, no litoral de São Paulo, já concluiu os trabalhos de buscas no local onde se formou uma cratera com cerca de 3 metros de profundidade, após a queda do jato que levava o candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos.

A perícia continua no local com a equipe e a Polícia Federal. Os últimos vestígios dos corpos já foram recolhidos e estão sendo encaminhados para o IML central de São Paulo, onde deve ser feito o DNA para reconhecimento das vítimas. De acordo com o perito criminal Antônio Nogueira, apesar das dificuldades, todos os sete corpos serão identificados. No entanto, ele não soube precisar quanto tempo será necessário para esse trabalho.

O trabalho da perícia deve ser bastante difícil porque é preciso fazer exame de DNA para cada peça, como se fosse juntado um quebra cabeça. [Ouça o repórter João Fernandes, da TV Jornal, direto de Santos]

O jato Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, caiu na rua Vania de Abreu, no bairro do Boqueirão, região Central de Santos, em São Paulo. A aeronave com cinco passageiros e dois tripulantes saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Guarujá. A torre de comando perdeu contato minutos depois da arremetida manobra quando a aterrissagem não é considerada segura.

Chovia no momento do acidente e dez moradores saíram feridos apenas um bebê permanece internado mas não corre risco de morte. Confira agora o trecho do áudio do piloto Marcos Martins ao se aproximar da pista do Guarujá:

5deb7e1e284d9dc7db0c7e425c3db310 Bombeiros trabalham no resgate

45 bombeiros participam da operação de resgate dos restos mortais dos sete mortos. O trabalho de identificação dos corpos está sendo feito na sede do IML de São Paulo, no bairro de Pinheiro, na capital paulista. Cerca de 30 legistas estão trabalhando na identificação dos corpos. O dentista  de Eduardo Campos foi à capital paulista para ajudar no trabalho. A repórter Mônica Simões traz informações direto do IML:

Uma das caixas pretas do jato comercial já foi localizada e repassada para os investigadores do Cenipa da Aeronáutica. Outro equipamento com o banco de dados da aeronave vai contribuir na identificação das causas do acidente. Thays Rocha, moradora da cidade de Santos, conta que o estrondo da queda foi muito forte e assustador:

Informações divulgadas na imprensa revelam que o jato particular que caiu ontem em Santos apresentou problemas anteriormente. Uma falha na ignição da aeronave impediu a decolagem em Londrina, no Paraná, em 16 de junho.

A aeronave pertence ao grupo Andrade Empreendimentos e Participações com sede em Ribeirão Preto, em São Paulo. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informa que os certificados de aeronavegabilidade e a inspeção anual estão em dia.

A Defesa Civil da cidade de Santos realiza, nesta quinta-feira (14), vistorias nos dez imóveis interditados por conta da queda do jato. Miriam Martinez, moradora percebeu que a aeronave estava pegando fogo antes do impacto com o chão: