Era esperada para esta terça-feira (13) a terceira e última audiência de instrução do caso do assassinado do cirurgião Torácico, Arthur Eugênio, de 36 anos, que foi encontrado morto às margens da BR-101 em 12 de maio. A expectativa era que o também médico Cláudio Amaro Gomes, de 57 anos, suspeito de ser o mandante do crime, prestasse depoimento e falesse com a imprensa. Porém, a juíza Inês Maria de Albuquerque cobcedeu um pedido da defesa de contestação do laudo, além de permitir que um perito particular fosse contratado pelos suspeitos.
De acordo com a promotora do caso, Dalva Cabral, isto acontece porque os suspeitos têm o direito de ter acesso a todos os dados antes de ser ouvido para que ele saiba a tudo que pesa contra ele. "Ponderações, contestações, poderão ter, mas não acredito que mude o resultado porque o material virgem original foi periciado pelo Instituto de Criminalística do Estado", diz.
Nessa fase do processo judicial são apresentadas as provas ouvidas as testemunhas e os acusados. Após o procedimento, é marcada a data para o julgamento. De acordo com informações do inquérito, Arthur Eugênio foi vítima de uma emboscada, morto a tiros e depois teve o corpo abandonado na rodovia.
Além do ex-chefe de Arthur Eugêio, respondem pelo assassinato o filho de Cláudio Amaro, o Cláudio Amaro Gomes Júnior, Lyferson Barbosa da Silva, o comerciante Jaílson Duarte e Flávio Braz de Souza, o "Boca de Lata", que está foragido. Foram convocadas 60 testemunhas, sendo 35 de acusação e 25 de defesa.