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Em um fim de semana com duas mortes no Complexo Prisional do Curado, no bairro do Sancho, na Zona Oeste do Recife, as visitas dos familiares foram interrompidas por dois princípios de rebelião.
No domingo (2), os portões estavam programados para abrir às 7h, horário que foi respeitado na unidade Juiz Antônio Luiz Lins de Barros o horário foi respeitado. Já no Frei Damião de Bozzano, as visitas começaram após às 8h.
A dona de casa Ana Lúcia, de 44 anos, foi visitar o filho que está preso há três anos. Depois de passar mal na fila de espera ela entrou pela fila dos idosos. A visitante reclama do tratamento no local e diz que idosos e crianças são desrespeitadas. Ana Lúcia também questiona a entrada de armas e celulares. “Quando eles pegam um preso com celular, leva pau, vai pro castigo. Mas por que tem celular lá dentro? Não sou eu quem trago não”, afirma.
Neste final de semana, 20 agentes penitenciários que trabalham em áreas administrativa reforçaram a segurança dos três presídios. Durante a manhã, o Secretário Executivo de Ressocialização, Eden Vespazziano, esteve no local. Ele informou que o esquema especial foi pensado para auxiliar a entrada dos familiares durante a visita.
Outras unidades também receberam reforço de agentes penitenciários, entre elas a Penitenciária de Segurança Máxima Professor Barreto Campelo, em Itamaracá. Segundo o secretário, aos poucos, outras unidades estão recebendo o aumento do efetivo.
Depois da última rebelião registrada no complexo prisional do curado, o Governo do Estado anunciou que vai convocar os aprovados no concurso para agente penitenciário realizado em 2009. Mas, de acordo com o membro da comissão dos aprovados no concurso de 2009, Paulo Ribeiro, esse número é insuficiente e só vai atender os presídios da Região Metropolitana do Recife. “Hoje os servidores que fazem parte do quadro de servidores do interior são deslocados para a capital por causa do déficit. Com a contratação, eles serão relocados novamente para o interior”, afirma.
As visitas no complexo prisional do curado acontecem sempre aos sábados domingos até às 16h. Depois da rebelião, os visitantes passaram a contar com bebedouros do tipo “gelágua” e cinco banheiros químicos. Estrutura montada para receber cerca de 5 mil pessoas.