SEGURANÇA

Conselheiros tutelares reivindicam das autoridades mais segurança e melhores condições de trabalho

A categoria está organizando uma mobilização nacional para a próxima quinta-feira (12). Na última sexta-feira (6), três conselheiros foram assassinados em Poção

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 10/02/2015 às 7:41

A Associação Metropolitana dos Conselheiros Tutelares (AMCONTEPE) um relatório com as situações de ameaças sofridas pela categoria no trabalho para o procurador Geral de Justiça do Estado, Carlos Guerra, até o final da semana. Posteriormente, o chefe do Ministério Público deve se reunir com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, para debater sobre as demandas dos conselheiros, entre elas o desvio de função.

As medidas foram tomadas anunciadas após uma reunião da categoria realizada nessa segunda-feira (9), na sede do Ministério Público de Pernambuco. Também participaram do encontro, representantes do Fórum Colegiado Nacional dos Conselheiros Tutelares, do Comitê de Direitos Humanos de Pernambuco e do Centro Dom Hélder Câmara. A reunião, que já estava agendada, ganhou mais força depois do assassinato de três conselheiros tutelares em Poção, no Agreste do estado, na última sexta (6).

Pernambuco é o único estado do País a ter conselheiros tutelares em todos os municípios. No entanto, os trabalhadores são recrutados para ações que não estão previstas no artigo 132 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que estabelece o tipo de trabalho da categoria. Segundo o representante da AMCONTEPE, os conselheiros devem entrar em contato com o colegiado da associação e informar sobre os desvios antes de cometê-los.

A categoria está organizando uma mobilização nacional para a próxima quinta-feira (12). O objetivo é chamar a atenção para o desvio de função e a insegurança no trabalho. No mesmo dia, às 15h, vai ser realizado um ato ecumênico em homenagem aos três conselheiros mortos, no salão nobre da Universidade Federal Rural de Pernambuco, UFRPE, em Dois Irmãos.

>> Disque denúncia oferece R$ 4 mil por informações que ajudem a elucidar chacina de Poção