VIOLÊNCIA

Policial Militar que atirou em cantor de brega no Recife está preso

Músico não corre risco de morte. PM será indiciado por tentativa de homicídio

Da Rádio Jornal
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Publicado em 07/06/2015 às 18:49
Cantor Lipe Play não corre risco de morte. Bala está alojada na cabeça. Foto: Reprodução / Facebook


O estado de saúde do cantor de brega Filipe Webster, de 24 anos, é estável. Ele foi vítima de um disparo feito por um policial militar na noite deste sábado (6), em Jardim Planalto, na Zona Oeste do Recife. O PM, identificado apenas como Josenildo, está preso no Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed).

Familiares informaram que o músico, conhecido como Lipe Play, estava acompanhado de amigos na quadra de um residencial quando o policial começou a atirar de forma descontrolada. O tiro atingiu a nuca do cantor, que não corre risco de morte. O jovem foi levado para o Hospital Otávio de Freitas, em Tejipió, também na Zona Oeste da cidade, e, em seguida, transferido para o Hospital da Restauração, no centro do Recife.

O pai do cantor, Gutemilson Lopes, disse à reportagem do Jornal do Commercio que o PM tinha esse costume de atirar para o alto ou em excesso sem motivo no bairro. De acordo com ele, o policial tinha a intenção de matar o filho dele e os colegas:

No momento da prisão, Josenildo teria oferecido resistência. O comando da Polícia Militar informou, por meio de nota, que vai abrir sindicância para investigar o motivo da ação do oficial.

Confira a nota na íntegra:

"Em resposta ao episódio em que um cabo da PM atirou contra um homem, Felipe Nobre, 24, no bairro do Sancho, em Recife, o Comando da PM já determinou a abertura de sindicância, através do Batalhão de Guarda da Corporação (BPGd), onde o policial é lotado, para esclarecer as causas que levaram o militar a efetuar o disparo que atingiu a cabeça da vítima, que foi socorrida com vida para o Hospital Otávio de Freitas, na mesma região.

O cabo foi conduzido por policiais militares do 12 BPM para à Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi autuado em flagrante e encaminhado para o presídio da PM (CREED).

O comando da Corporação reforça, ainda, que a Instituição tem interesse pleno em esclarecer as circunstâncias da ocorrência e repudia toda e qualquer forma de ação dos seus integrantes, que possam, no exercício ou não da atividade policial militar, atentar contra a vida de qualquer cidadão."