PARALISAÇÃO

IML também deve parar atividades na próxima quarta, em mais um protesto de policiais civis

Policiais estão realizando uma série de paralisações contra o Programa de Jornada Extra e condições de trabalho, como salário

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 02/07/2015 às 14:30
Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem


Policiais civis de Pernambuco, em paralisação de 24 horas nesta quinta-feira (2), se reuniram no Centro do Recife para entregar formalmente ao governo os fomulários contra o Programa de Jornada Extra (PJES).

Nele, os servidores assumem plantões extras, durante o mês em vigor. Mais de mil pessoas entre agentes, comissários, escrivães, peritos e delegados se concentraram em frente à Secretaria de Planejamento e Gestão para um café da manhã e seguiram em direção ao Palácio do Campo das Princesas.

Com a adesão dos agentes de segurança à paralisação, apenas flagrantes e os serviços no IML funcionaram. Nas delegacias do Varadouro, em Olinda, e no Instituto Tavares Buril, por exemplo, as portas estavam fechadas. Os delegados também apoiaram a mobilização. O presidente da Associação dos Delegados Polícia de Pernambuco (Adeppe), Francisco Rodrigues, denuncia a má estrutura da segurança:


Foto: Rafael Carneiro / Rádio Jornal


Depois do protesto, uma comissão foi recebida pelo secretário-executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto. Para o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, o governo insiste em tratar os policiais com desdém. A categoria reclama que ganha o pior salário do país. Para a próxima quarta-feira (8) já está agendada uma nova paralisação. Desta vez, o Sinpol garante que os funcionários do IML também vão cruzar os braços, ao contrário do que aconteceu em outro protesto, onde houve acordo entre o Governo do Estado e o sindicato para não afetar a liberação de corpos no instituto:

Em nota, a Secretaria de Administração do Estado informou que, desde o início do ano, o governo vem mantendo diálogo de negociação com todas as categorias, mesmo diante de um cenário adverso. Em virtude disso, tem se mantido cauteloso no enfrentamento à crise, respeitando a capacidade financeira do estado, que encontra-se hoje impedido legalmente de conceder qualquer reajuste salarial, por ter ultrapassado o limite prudencial permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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