SEGURANÇA

Delegados denunciam perseguição e confisco de salários por parte do Governo de Pernambuco

Segundo o órgão, 80% dos 411 delegados que atuam no estado deixaram de fazer a jornada no mês de julho alegando cansaço ocasionado pela extensa carga horária a que são subemetidos

Da Rádio Jornal
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Publicado em 30/07/2015 às 14:39
Foto: Lélia Perlim / Rádio Jornal


O Governo de Pernambuco tem três dias para esclarecer a 2ª Vara da Fazenda Pública sobre a denúncia de corte nos salários dos delegados de polícia que se negam a cumprir o programa de jornada extra, também conhecido como PJES. O dado foi repassado pela Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) durante coletiva de imprensa na sede do órgão no bairro da Boa Vista, na área central do Recife, nesta quinta-feira (30).

Segundo o órgão, 80% dos 411 delegados que atuam no estado deixaram de fazer a jornada no mês de julho alegando cansaço ocasionado pela extensa carga horária a que são subemetidos. Desses, 40 souberam junto ao departamento financeiro da Secretaria de Defesa Social que teriam descontos na folha de pagamento. Ainda de acordo com a associação, há perseguição e ilegalidade também na transferência de delegados para outras unidades de segurança. O presidente da Adeppe, Francisco Cunha, explica onde os delegados tinham que cumprir os plantões considerados “clandestinos”.

A Adeppe enviou três ofícios à chefia de polícia, solicitando a relação dos delegados que sofreram o confisco, mas não tiveram resposta. Caso não haja entendimento com o governo, a categoria pode entrar em greve. De acordo com a Adeppe, há erros de distribuição dos profissionais nas 260 delegacias do estado, o que faz com que os "plantões fictícios" se façam necessários.