Câmara do Deputados

Semana decisiva na Câmara dos Deputados para Eduardo Cunha

De acordo com Jarbas Vasconcelos, esta semana será decidiva para que o presidente seja destituído ou renuncie

Da Rádio Jornal
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Publicado em 24/08/2015 às 8:42
O deputado é acusado de ter recebido cerca de R$21 milhões de propina no esquema investigado pela Operação Lava Jato. Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados


Esta será uma semana decisiva na Câmara dos Deputados para a situação do presidente Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro, que foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. O deputado é acusado de ter recebido cerca de R$21 milhões de propina no esquema investigado pela Operação Lava Jato.

Eduardo Cunha nega e diz que o pedido de indiciamento feito pelo procurador geral da república Rodrigo Janot, tenha sido arquitetado pelo Governo, e ja há quem abertamente peça a renÚncia do presidente da Câmara.

O deputado federal Jarbas Vasconcelos, do PMDB de Pernambuco, que é apontado como um dos possíveis substitutos de Eduardo Cunha, disse que é cedo para falar em nomes de quem vai ficar no lugar de Cunha, mas reconheceu que as vozes contra a permanência de um politico investigado a frente de um poder legislativo, reconhecem que a situação é inadmissível. "Na sexta-feira, com a chegada de parlamentares de todo o pais, haverá um extravazamento de um desconforto de ver a casa continuar sendo presidida por Eduardo Cunha. Eu acho inadmissível e incompreensível uma pessoa nestas circunstâncias presidir a Câmara dos Deputados", disse. Deputado estadual, prefeito do Recife, governador de Pernambuco, senador e agora deputado federal, Jarbas Vasconcelos disse que Eduardo Cunha está se fazendo de vitima quando atribui ao governo o pedido de investigação do Supremo Tribunal Federal. "Atribuir a Dilma um trabalho contra ele nao tem o menor cabimento, Dilma está com menos de 10%, sem força para coisa nenhuma nesse país, muito menos para formular alguma coisa junto ao Ministério Público Federal", completou. E lembra que já escreveu artigos na imprensa pedindo a renúncia de Eduardo Cunha. Para o deputado Jarbas Vasconcelos, o processo menos traumático seria abrir investigação do Conselho de Ética da Câmara, uma das poucas comissões que Cunha não tem poder de influência.

Jarbas mais uma vez negou que queira tomar o lugar de Eduardo Cunha, mas admite que esta semana será decisiva para que o presidente da Câmara seja destituido do cargo ou renuncie.

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