IMPEACHMENT

Em apoio a Dilma, ex-ministro Ciro Gomes lança movimento "Golpe Nunca Mais"

A campanha questiona a sustentação do pedido de impeachment aceito por Eduardo Cunha

Da Rádio Jornal
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Publicado em 07/12/2015 às 7:58
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ex-ministro Ciro Gomes lançou o movimento “Golpe Nunca Mais”, contra o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A campanha tem como principal frente de luta as redes sociais, onde a página no Facebook tem mais de 20 mil curtidas. O manifesto foi lançado no último domingo (6), no estado do Maranhão, com o apoio do governador local, Flávio Dino, do PCdoB, e do presidente nacional do partido democrático trabalhista, Carlos Lupi, que lançou o nome de Ciro Gomes como pré-candidato à presidência.

O movimento Golpe Nunca Mais é uma releitura da Campanha da Legalidade, protagonizada por Leonel Brizola na década de 60. Nos discursos, o argumento é de que não há sustetanção no pedido de impeachment acatado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

O próximo passo do grupo será montar uma agenda de encontros com governadores e deputados do Nordeste. Ciro Gomes, agora filiado ao PDT, fala sobre o vice-presidente, Michel Temer, como o grande beneficiado com o afastamento de Dilma:

Parlamentares pernambucanos têm papel fundamental na articulação política do impeachment. O deputado federal Jarbas Vasconcelos, do PMDB, é crítico ferrenho de Eduardo Cunha, presidente da Câmara. Silvio Costa, do PSC, é vice-líder da bancada do governo e Eduardo da Fonte, do PP, coordena o maior bloco da câmara, com 84 deputados.

Bruno Araújo é o líder da minoria e Mendonça Filho conduz a bancada do Democratas no Legislativo. Os partidos vão indicar nesta segunda-feira (7) os 65 integrantes da comissão especial.

Na sessão programada para a terça (8), serão eleitos os importantes cargos de presidente e o relator. Pelo prazo regimental, a presidente Dilma Rousseff tem até dez sessões para apresentar a defesa por escrito.

O parecer pela abertura ou arquivamento do pedido de impeachment deve ser votado em até cinco sessões. O resultado será colocado em votação no Plenário da Câmara dos Deputados em até 48h.

Para o processo de impeachment ser deflagrado, é preciso 342 votos dos 512 deputados. O vice-líder do governo, Silvio Costa, afirma que Eduardo Cunha está perdido:

O líder do Democratas, Mendonça Filho, afirma que a oposição não quer o cancelamento do recesso parlamentar:

Na visita relâmpago ao Recife, no sábado (5), a presidente foi questionada sobre o pedido de abertura de impeachment. Dilma Rousseff se defende de todas as acusações e faz uma cobrança pública de lealdade do vice, o peemedebista Michel Temer: