SAÚDE

Fundação Altino Ventura realiza mutirão de consultas oftalmológicas para crianças com microcefalia

Atendimento é gratuito e aberto a bebês que tenham a suspeita ainda não confirmada

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 14/12/2015 às 6:38
Foto ilustrativa: reprodução/internet


A microcefalia pode comprometer o desenvolvimento cognitivo e outras funções ao longo da vida. A visão é um dos sentidos mais afetados entre as pessoas com a condição genética.

Para verificar se os bebês pernambucanos com suspeita de microcefalia têm algum prejuízo à visão, a Fundação Altino Ventura realiza, nesta segunda-feira (14), um mutirão de consultas gratuitas e no prédio sede, que fica na Rua da Soledade, na Boa Vista. A presidente da instituição, a oftalmologista Liana Ventura, explica a dinâmica das consultas especializadas:

Foto: Rafael Carneiro/Rádio Jornal


A reportagem da Rádio Jornal foi até o local e conversou com uma das 38 mães de bebês diag que agendaram a consulta para hoje. Uma equipe de 10 oftalmologistas e cinco neurologistas vão passar o dia na Fundação esperando demanda espontânea. Jaqueline de Lima, de 25 anos, é mãe de Daniel, de apenas 1 mês e 20 dias. Ela conta como foi o diagnóstico, ainda durante a gestação, e que está tranquila com os tratamentos que o filho vai receber. "Quando eu soube que era microcefalia, fui pesquisar na internet. Meu filho mais velho é normal e eu não sabia como seria tratar uma criança especial, mas estou tranquila. Com fé em Deus, vai dar tudo certo", desabafa:

A doença é caracterizada pelo desenvolvimento baixo e irregular do cérebro. Por isso, o tamanho do crânio do recém-nascido é de, no máximo, 32 centímetros de perímetro.

A microcefalia está relacionada a uma série de fatores entre os quais o uso de drogas e radiação. No caso dos agentes biológicos, as autoridades em saúde investigam a relação do surto com o zika vírus.

Em Pernambuco, são 804 casos foram notificados e 251 confirmados, com o ranking liderado pelo Recife, Jaboatão e Olinda. Até 5 de dezembro, o Brasil registrou 1.761 suspeitas da condição genética em 14 unidades da federação.