BRASÍLIA

Cunha nega renúncia, ataca Governo Federal e diz que PMDB precisa sair da base do governo

A Polícia Federal passou cinco horas na casa do deputado federal cumprindo um mandado de busca e apreensão

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 15/12/2015 às 14:39
Foto: Agência Brasil


O presidente da câmara dos deputados Eduardo Cunha (PMDB) foi enfático ao afirmar que não vai renunciar ao cargo de presidente da casa. Ele concedeu uma entrevista coletiva, no início desta tarde (15).

Eduardo Cunha disse que não há a menor possibilidade de renunciar ao mandato e ainda disse que está na hora do partido desembarcar da base aliada do PT. “Minha consciência tá tranquila. Eu sou absolutamente inocente, eu acho que o PMDB tem que decidir rapidamente a sua saída desse governo”, completou.

Na manhã desta terça-feira, a Polícia Federal passou cinco horas na casa do deputado federal cumprindo um mandado de busca e apreensão. Foram revistados documentos, cofres e o celular do parlamentar foi levado. Cunha disse que acordou tranquilamente quando foi acordado pelos agentes.

Eduardo Cunha disse que é normal quando uma investigação se aproxima de qualquer pessoa e vai até a casa dela pegar documentos e equipamentos. O presidente da Câmara jogou a culpa no Governo Federal, disse que está sendo perseguido, que vai provar inocência. “Desde março que eu fui escolhido para ser investigado, eu sou o desafeto do governo, todos sabem disso. Me tornei mais desafeto ainda na medida que dei curso ao processo de impeachment. Nada mais natural que elas vão buscar o seu revanchismo”, atacou. “O que foi fazer o ministro (da justiça) Eduardo Cardozo em Curitiba em reuniões de madrugada na semana passada. Que tipo de coisa ele foi fazer lá? Eu vi uma matéria na revista Época e não vi até agora uma explicação oficial para aquela presença do ministro Eduardo Cardoso lá”, questionou o deputado.

Confira os detalhes no flash de Romoaldo de Souza:

Eduardo Cunha disse que vai apresentar, no prazo devido, no Conselho de Ética a defesa dele. Por 11 votos contra nove o conselho determinou que vai dar prosseguimento nas investigações contra o presidente da Câmara dos Deputados que é acusado de ter mentido na CPI da Petrobras, quando disse que não tinha contas no exterior. Cunha é acusado dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e por ter prestado falso testemunho.