SAÚDE

Ultrassonografia nos primeiros meses da gravidez é norma do novo protocolo para microcefalia

Os agentes comunitários de saúde vão fazer visitas a cada 30 dias e registrar as alterações no prontuário da mulher.

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 15/12/2015 às 5:42
Imagem ilustrativa: reprodução/internet


O conjunto de medidas direcionado às mulheres grávidas e às crianças foi apresentado nessa segunda-feira (14) pelo governo federal em Brasília. A iniciativa visa mobilizar gestores, especialistas e profissionais da área para identificar casos suspeitos e adotar cuidados especializados.

O Ministério da Saúde promete investir entre R$ 5 e 6 milhões em testes rápidos de gravidez. Os agentes comunitários de saúde vão fazer visitas a cada 30 dias e registrar as alterações no prontuário da mulher.

Para evitar a transmissão de qualquer doença pelo mosquito Aedes aegypti, a recomendação para as gestantes é usar calças, blusas de mangas compridas, meias e sapatos fechados. Também é indicado usar repelente, sobretudo no começo da manhã e fim da tarde.
O secretário de Atenção à Saúde do Ministério, Alberto Beltrame, afirma que está tudo sob controle. “Não há motivo para pânico na população. Agora o medo cauteloso, que proteja a mulher e a criança, é absolutamente saudável”, diz.

O zika vírus que pode estar associado aos casos de microcefalia tem como sintomas febre não muito alta, vermelhidão na pele e coceira. De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde deve-se adotar o parto normal também para os bebês com microcefalia.

Os recém-nascidos com suspeita serão submetidos a exames físicos e avaliação neurológica, inclusive a tomografia, dependendo da circunstância. A amamentação deve ser a principal fonte de alimentação até os dois anos, sendo exclusiva nos primeiros seis meses.

Vale lembrar que não existem evidências de transmissão do zika vírus pela saliva, suor, leite materno, urina ou sêmen. O protocolo estabelece ainda que os casos confirmados serão inseridos no programa de estimulação precoce.

Exames coordenados por médicos do Imip e Hospital Oswaldo Cruz descartaram a ligação entre as bolhas na pele de alguns bebês e o zika vírus. A doença, no entanto, pode estar relacionada à chicungunha, com sintomas durando até 10 dias. A infectologista Regina Coeli explica como proceder em situações em que a criança está com febre: