No debate da Super Manhã desta quarta-feira (23), o comunicador Geraldo Freire recebeu no estúdio da Rádio Jornal, o ex-deputado federal, Fernando Ferro, o deputado federal pelo PPS, Raul Jungmann e o cientista político José Maria Nóbrega. Em pauta, o bem e o mal do voto secreto.
A votação secreta que definiu a comissão que vai analisar o impeachment (anulada pelo Supremo Tribunal Federal), levantou a polêmica do voto secreto nas votações do congresso. E a bancada do debate, composta pelos dois lados da moeda, discute política e o voto secreto.
O ex-deputado Fernando Ferro entende que a instituição do voto secreto, de certa maneira, para alguns e em determinados casos, foi uma conquista. “Eu sou favorável ao voto aberto, na maioria das situações. Há casos em que depende de contexto não apenas do parlamento, em que o voto secreto pode ser instrumento de repressão e de garantir liberdade ou integridades”, afirmou. O ex-deputado citou a ditadura, em que foi abolido o voto secreto. “Para exatamente saber como as pessoas votam”, disse. Para ele, quem assume um cargo político, por princípio, deve assumir, para assumir a irresponsabilidade e ter a coragem de tomar posições. “E ter transparência para as pessoas que votaram saber como o político se posicionou”, completou.
O deputado Raul Jungmann entende que se o voto elege determinado pessoa, a regra é que seja secreto. Quando a votação é para deliberar um projeto de lei, uma emenda, ou a cassação de alguém, o voto tem que ser aberto para o cidadão saber a posição, qual a escolha do político. “Agora, quando o voto é para eleger um deputado, senador, presidente ou governador o voto tem que ser secreto para proteger o eleitor de pressões indevidas”, afirmou.
Os convidados também falaram sobre a história das votações e os avanços referentes ao tema.
Confira o debate na íntegra: