PRISÃO

Polícia Civil ainda procura policiais militares foragidos da Operação Caça-Níquel

Um grupo de policiais militares explorava a prática criminosa em lojas próprias e também cobrava pedágio para funcionamento destes estabelecimentos

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 30/12/2015 às 16:00
Soldado do 6º BPM seria o líder da quadrilha
Foto: Reprodução/ TV Jornal

O esquema de extorsão a casas de jogos clandestinas desmontado na Operação Caça-Níquel foi apresentado na sede da Secretaria de Defesa Social do estado.

Um grupo de policiais militares explorava a prática criminosa em lojas próprias e também cobrava pedágio para funcionamento destes estabelecimentos em bairros do Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes.

A organização criminosa foi descoberta há cerca de 8 meses quando os próprios donos das máquinas de jogos denunciaram que estavam sendo alvos do grupo comandado pelo soldado do 6º batalhão Jamerson José dos Santos, o Roberto, como era conhecido.

Derivaldo Falcão, titular da Delegacia do Ibura, disse que um valor de R$ 200 era cobrado por semana. “Nós tivemos informações, através de uma das vítimas, que isso já vinha acontecendo, no caso dessas vítimas, há nove anos. Muitas pessoas são vítimas e talvez a gente não tenha nem notícia”, disse o delegado, solicitando que as vítimas se apresentem na delegacia.

Confira os detalhes na reportagem de Rafael Carneiro:

Alem do líder outras 10 pessoas foram presas. Sendo um policial que já cumpria pena por homicídio e uma mulher, a única não policial que atuava como gerente das lojas de jogos clandestinos do grupo.

As prisões dos PMs são um trabalho de depuração dentro da segurança estadual, como fala Rodrigo Passos secretário executivo de Defesa Social. “Foi um trabalho excelente, conduzido com muito profissionalismo e com resultado muito bom. Era um grupo de policiais militares que, infelizmente, já estava nessa atividade ilegal há alguns anos, ao que tudo indica”, destacou.

Quatro pessoas estão foragidas, entre eles 2 policiais militares. Os envolvidos foram encaminhados ao Centro de Reeducação da PM (Creed) e podem ser expulsos da corporação.

Eles vão responder por associação criminosa, extorsão, concussão, corrupção ativa e passiva e exploração de jogos de azar. Ainda na operação, armas, dinheiro e máquinas de jogos foram apreendidos em estabelecimentos e em um depósito.