SAÚDE

Vacina contra o Zika deve ser testada em humanos nos Estados Unidos antes do fim do ano

Testes pré-clínicos mostraram que a vacina sintética contra o vírus Zika desencadeia respostas duradouras e imunes

com informações da Agência Lusa
com informações da Agência Lusa
Publicado em 18/02/2016 às 5:22
Imagem ilustrativa: reprodução/internet


O grupo farmacêutico norte-americano Inovio Pharmaceuticals informou nessa quarta-feira (17) que iniciará testes da vacina contra o vírus Zika em humanos antes do fim deste ano. A decisão foi anunciada após testes conclusivos em ratos. “Os testes pré-clínicos mostraram que a vacina sintética contra o vírus Zika desencadeia respostas duradouras e imunes, demonstrando o potencial (…) para prevenir e tratar as infeções causadas por esse patógeno”, disse a Inovio em comunicado.

Agora, o grupo farmacêutico vai começar imediatamente os testes em macacos, para depois avançar para os seres humanos, antes do fim do ano. Essa última etapa deverá conduzir, em seguida, a um pedido de colocação da vacina no mercado, indicou a Inovio, que pretende pedir às autoridades sanitárias uma análise acelerada do seu caso.

A vacina é sintética, ou seja, não é desenvolvida em um vírus vivo, mas em um pedaço de DNA do vírus e pode, por isso, ser conservada sem refrigeração durante várias horas. Além da Inovio, mais de uma dezena de grupos farmacêuticos, como o francês Sanofi Pasteur e o indiano Bharat Biotech, trabalham numa vacina contra o Zika, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Não existe, até agora, qualquer medicação para combater o vírus, suspeito de ter uma relação direta com casos de microcefalia e de estar também ligado à síndrome neurológica de Guillain-Barré. A OMS prevê uma propagação “explosiva” do Zika no continente americano, com entre três milhões e quatro milhões de casos este ano.