DEBATE

''Ninguém nesse País pode parar a Lava Jato'', diz ministro Raul Jungmann

Ministro da Defesa comentou situação do ministro do Planejamento, Romero Jucá. Em conversa divulgada nesta segunda pela Folha de S.Paulo, ministro sugere deter a operação da PF

Rádio Jornal
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Publicado em 23/05/2016 às 11:19
Ministro Raul Jungman participou de debate na Rádio Jornal. Foto: Pedro Alves/NE10

O ministro da Defesa do governo inteirino de Michel Temer, Raul Jungmann, afirmou nesta segunda-feira (23) que investigados na Lava Jato terão que deixar o governo. O ministro fez o comentário ao ser indagado sobre o vazamento de uma conversa do ministro do Planejamento, Romero Jucá, com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, onde supostamente é proposto um pacto para barrar a operação. Em entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco, Jungmann falou sobre as investigações da operação da Polícia Federal, que já condenou políticos e empresários e que tem vários parlamentares sendo processados no Supremo Tribunal Federal. "Ninguém nesse país pode parar a Lava Jato'", sentenciou.

Ouça o debate na íntegra:

Sobre as conversas entre o senador licenciado Romero Jucá, que assumiu o Ministério do Planejamento do Governo Temer, e o ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado, na qual Jucá sugere o fim da Operação Lava Jato, Jungmann lembrou da primeira reunião ministerial do governo Temer. "O presidente disse desde o início: Quem de fato cometeu desvios eu pedirei o desligamento. Mandou recado pra todo mundo. Essa questão deve estar sendo resolvida pelo presidente Temer o mais rápido possível", disse. Sobre a gerência de Temer em relação às pastas, Jungmann disse que o presidente em exercício vair dar 'liberdade com responsabilidade aos ministros'. Termer teria dito: "Não vou ser um presidente centralizador."

Nesta segunda-feira, a Polícia Federal deflagou a 29ª fase da Operação Lava Jato. Em Pernabuco, empresário é considerado foragido. A PF foi até o apartamento dele cumprir mandado de prisão e de busca e apreensão, mas Humberto do Amaral Carilho está fora do país.

OLIMPÍADAS DO RIO

Em relação às Olimpíadas, Jungmann está reunindo as polícias Federal e do Rio do Janeiro, além das centrais de inteligência, para montar um esquema de segurança para o evento. "Montamos um caderno de encargos para cuidar da segurança aérea, segurança marítima, e dar atenção ao terrorismo", afirmou. "Temos uma brigada com 3 mil homens de reserva para cuidar de assuntos para além dos jogos", disse.

Sobre as obras programação está caminhando, apesar da crise financeira. "A gente vai fazer uma Olímpiada que, assim como a Copa, que todo mundo achava que não ia sair, vai dar certo", afirmou.

OPERAÇÃO ÁGATA

De acordo com Raul Jungmann, o contingenciamento de gastos dos cofres públicos pode comprometer o funcionamendo do Ministério da Defesa, assim como o de todos os demais. Mesmo assim, a pasta vai dar início a Operação Ágata para combater narcotráficos nas fronteiras do país. Os principais objetivos são reprimir a pirataria, no Paraguai, Colômbia e outro países.