VIOLÊNCIA

“Um sentimento de dor e saudade", lamenta irmão de professor morto em restaurante

Irmão do professor José Renato, morto no ano passado, falou após audiência de instrução do caso ter sido adiada

Rádio Jornal
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Publicado em 03/06/2016 às 17:06
Professor José Renato foi morto no ano passado
Foto: Cortesia


A audiência de instrução do caso do professor José Renato de Souza, de 39 anos, marcada para esta sexta-feira (3), na 1ª Vara Criminal do Recife, no Fórum Joana Bezerra, foi adiada. A nova data de audiência foi agendada para 1º de julho.

Os dois ex-presidiários apontados como autor e executor, Marcelo Henrique dos Santos, de 23 anos, e Severino Martins Cunha, de 24, apresentaram conflito de interesse. Razão pela qual há a necessidade de instituir um segundo defensor para os assistidos.

No retorno ao Cotel, Severino se defendeu das acusações. “Fui eu não. Tem a câmara dizendo filmou tudo”, disse, apontando Marcelo como o responsável pelos disparos.

Das 7 testemunhas arroladas pelo MPPE, quatro estiveram presentes para audiência. Três funcionários do estabelecimento e a viúva do professor, que ficou cara a cara com os réus pela sala de identificação do fórum.

Confira os detalhes na reportagem de Rafael Carneiro:

José Ricardo, irmão da vítima, teve que ser atendido no posto médico, depois de ter contato com os acusados. “Um sentimento de dor, de saudade. Saber que eu não posso mais contar com José Renato, que era o mais novo da família, um rapaz com 39 anos”, lamentou, indignado, o irmão. Ele lembrou que o irmão foi baleado apenas porque pediu os documentos. “Hoje a gente vive uma triste realidade: os cidadãos de bem estão presos e os bandidos estão soltos”, denunciou José Ricardo.

O professor havia completado 39 anos dias antes de ser assassinado, quando almoçava com a esposa no domingo do Dia dos Pais do ano passado. Quando ele se preparava para pagar a conta foi abordado pelos assaltantes e não reagiu a investida.

Crime aconteceu em restaurante na Caxangá
Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem

De acordo com inquérito entregue, a Polícia Civil apurou que a vítima foi confundida com um policial porque demorou a entregar a carteira e por isso foi executado com dois disparos, um no peito e um no braço.