PREVENÇÃO

Mutirão de prevenção contra o câncer de próstata lota quartel no Derby

Serão disponibilizadas 120 fichas diariamente até o próximo dia 17. A alta procura pelo diagnóstico expõe falta de exames e opções na rede pública

Rádio Jornal
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Publicado em 08/11/2016 às 15:37
Foto: Rádio Jornal


O câncer de próstata age silenciosamente e representa o maior vilão entre homens acima dos 40 anos de idade, sobretudo para aqueles que não têm o hábito de procurar um médico especializado. Grande parte dos casos, por medo ou preconceito. Mas uma multidão formada por centenas de interessados, lotou o primeiro dia de atendimento do novembro azul, de prevenção câncer de próstata.

O mutirão de diagnóstico, no quartel do Derby, é uma parceria da Polícia Militar e do SESI-PE que pretende acolher 2mil pacientes com número restrito de fichas por dia como explica, Vera Thomas, analista de qualidade de vida do SESI. “ Serão 120 fichas diariamente distribuídas até o próximo dia 17”, afirma.

A falta de acesso à ultrassonografia e ao exame de sangue que identifica alteração na próstata (PSA) fez, por exemplo, Jonas Silva e dezenas de outros candidatos ficarem sem ficha, mesmo saindo cedo de casa. O jeito vai ser retornar numa nova data. “ Eu vim cedo, mas a maioria das fichas foi para os militares, e a gente que vem de longe quebra a cara”, reclama.

No caminhão/ clínica, o movimento de pacientes foi intenso. O médico radiologista, Núzio Figueiredo, explica que o exame é o meio mais indicado para prevenir a doença. “Toda lesão maligna quanto mais cedo o tratamento, melhor o resultado. Quando a próstata vem apresentar sintomas, já está em estado muito avançado”, destaca.

Por ano, no Brasil, 60 mil novos casos são identificados e em 2016 de 3 a 5mil homens devem ser vítimas mortais do câncer de próstata.

Secretaria de Saúde

Em nota a Secretaria Estadual de Saúde frisou que nem todo o paciente precisa fazer o exame. O órgão ressalta que o interessado deve procurar um serviço de urologia na rede básica de saúde para ser encaminhado a umas das unidades referência, como o Hospital Getúlio Vargas e Otávio de Freitas, na capital e nas Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (UPAE) espalhadas pelo estado.

Ouça na reportagem de Rafael Carneiro:

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