Às vésperas de ingressarem no curso de formação do concurso público da Polícia Civil e Científica, mais de 2 mil aprovados foram surpreendidos com a recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) de anular a fase de teste psicotécnico.
Após o recebimento de denúncias de que cadernos estavam rasurados, a promotora Andrea Fernandes Nunes Padilha recomendou a decisão também para as fases seguintes do concurso, mesmo com a apresentação de defesa da banca examinadora. De acordo com o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção de Promoção de Eventos (CEBRASP), responsável pelo processo, todos os psicólogos contratados foram rigorosamente orientados sobre como proceder diante de rasuras.
Concursados preocupados
Um grupo de aprovados acompanhou na manhã desta quinta (16) uma reunião entre a CEBRASP e o secretário de Defesa Social, Ângelo Gioia, e pede para que todos os envolvidos no processo sejam ouvidos.
O início do curso de formação para os aprovados está previsto para o mês de maio, com conclusão em setembro. Os concursados assumiriam os cargos de perito criminal, perito papiloscopista, auxiliar de perito, médico legista e auxiliar de médico legista.
Durante o concurso, os candidatos reclamaram, também, que tiveram que arcar com os custos de exames médicos e de passagens, no caso de candidatos de outros estados. Eles temem ter que gastar novamente em média R$ 4.500 caso sejam obrigados a realizar novos testes.
Ouça a reportagem de Rafael Carneiro: