Entrevista

Secretário diz que policiais expulsos "desrespeitaram autoridades"

Em entrevista cedida durante o Rádio Livre, Angelo Gioia, Secretário de Defesa Social, falou sobre o afastamento dos policiais que lideraram greve

Rádio Jornal
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Publicado em 19/06/2017 às 15:00

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O Secretário de Defesa Social, Angelo Gioia, concedeu entrevista a Ismaela Silva e Rafael Souza, no Rádio Livre desta segunda-feira (19), e falou sobre o afastamento de Nadelson Leite e Alberisson Carlos, presidente e vice da Associação de Cabos e Soldados (ACS), na última sexta-feira, policiais que atuaram na greve deflagrada pela Polícia Militar em dezembro de 2016.

Confira a entrevista na íntegra:

Motivos

Os policiais afastados garantem que a exclusão da corporação aconteceu por motivos políticos, mas o Secretário discorda. Gioia afirmou que tanto Nadelson quanto Alberisson atuaram em desrespeito a autoridades legais, e assim se deu o afastamento.

A deflagração da chama "Operação Padrão" da Polícia Militar aconteceu no final do ano passado, e foi de encontro com a decisão tomada pelas forças de segurança, e ratificada pelo Supremo Tribunal, que proibia qualquer tipo de greve.

Protestos

Angelo Gioia também garantiu que a corporação da Polícia no estado não está em greve, e permanece motivada. Segundo o Secretário, o momento é de "absoluta normalidade", e fez questão de elogiar o trabalho realizado.

Além disso, o Secretário garantiu que gratificações foram criadas e termos burocrático regularizados. Gioia também garantiu que a exclusão de Nadelson e Alberisson não serviu de recado para ninguém, e classificou o ato como "uma sanção aos transgressores".

"A batalha está sendo vencida"

Os números da violência no estado também foram assunto da conversa com o Secretário. Até este mês de junho, mais de 2500 mortes violentas foram registradas, além de 1500 assaltos à ônibus.

Gioia afirmou que os meses de março, abril, maio e junho, foram e estão "sendo vencidos", e a partir do segundo semestre deste ano mais 1500 policiais estarão em formação e outros 1300 se juntarão a corporação, além de 900 policiais civis.