LULA PELO NORDESTE

Lula relaciona violência em Pernambuco ao aumento da pobreza

Ex-presidente Lula participou de um ato em Ipojuca que reuniu cerca de mil militantes. Nesta tarde, ele participa de ato no centro do Recife

Rádio Jornal
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Publicado em 25/08/2017 às 16:09

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O ato de apoiadores dos ex-presidentes Lula e Dilma em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, foi marcado por críticas às privatizações anunciadas pelo governo Temer. O evento estava marcado para às 10h, mas só começou depois das 11h com a chegada de Lula.

A expectativa da Central Única de Trabalhadores (CUT) era de reunir 5 mil pessoas, mas o ato concentrou cerca de mil pessoas. Durante cerca de 30 a 40 minutos, Lula falou sobre sua possível candidatura em 2018 e disse que com mais de 70 anos e depois de ter sido eleito e reeleito poderia estar descansando.

“Eu poderia estar em casa tranquilo, vendo as bobagens que a televisão fala, que os jornais escrevem e poderia até ter um gosto amargo na boca de dizer ‘nós fizemos tanto pelo Nordeste, deram um golpe na companheira Dilma e eles agora estão destruindo o Nordeste brasileiro e o que é mais grave estão destruindo aquilo que fizemos de investimento’”, falou o ex-presidente.

Confira os detalhes no flash de Igor Maciel:

Nesta tarde, será realizado o ato intitulado “Lula no Recife: Ato político pela Democracia, pelos Direitos e por Lula”, no Pátio da Igreja Nossa Senhora do Carmo, na área central da capital pernambucana.

Entrevista de Lula

Lula minimizou as críticas que sofreu sobre prováveis alianças que o Partido dos Trabalhadores vem costurando para as eleições do ano que vem. Percorrendo diversos estados do Nordeste, Lula se reuniu com lideranças que já foram aliados do governo dele, mas que hoje se distanciaram do petista.

Na última quarta-feira (23), Lula se reuniu com o senador Renan Calheiros, do PMDB, e nesta quinta-feira (24) jantou com a viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, e com políticos do PSB, partido que rompeu relacionamento com o PT e até votou pelo impeachment de Dilma Rousseff.

Sem falar de aproximação política, Lula disse que nestes dois casos, os encontros tiveram um cunho apenas de amizade. “O Renan pode ter todos os defeitos, mas o Renan me ajudou a governar esse país... Eu sou da opinião de que todo mundo é inocente até prove o contrário”, defendeu. “Amizade é uma coisa, política é outra. Todo mundo sabe da minha relação com Eduardo Campos, com a família dele, desde o tempo de Arraes, do tempo de Madalena. Eu quero manter essa relação independentemente do partido que eles forem, da posição política”, explicou.

Lula também falou sobre o alto número de assassinatos no Estado. Para ele, os mais de três mil homicídios durante os seis primeiros meses do ano são causados pelo aumento do desemprego e, consequentemente, da pobreza.

Confira os detalhes na reportagem de Jéssica Lima:

A entrevista foi dada no programa "Fora da Curva", da Rádio Universitária FM em parceria com a Marco Zero Conteúdo, Terral Coletivo de Comunicação Popular e Agência Abraço.