Passando a Limpo

Foi uma noite vergonhosa, diz Cristovam Buarque sobre a aprovação do fundo eleitoral

Cristovam Buarque criticou a aprovação do texto-base do fundo eleitoral de campanha, na noite dessa terça-feira (27) no Senado

Rádio Jornal
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Publicado em 27/09/2017 às 10:22

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O senador Cristovam Buarque (PPS) classificou a aprovação do texto-base para o fundo eleitoral de campanha, na noite dessa terça-feira (26) no Senado, como 'uma noite vergonhosa'. Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta quarta-feira (27), o político disse que momento para que tal fundo seja criado não é o adequado, considerando que 'os políticos estão em baixa' entre a população.

"Creio que foi uma noite vergonhosa. O fundo público de campanha é correto, basta dizer que gastamos R$ 12 bilhões na justiça eleitoral. Mas não neste momento. É um momento que os políticos estão em baixa e o povo não vai querer tirar seu dinheiro para financiar campanha, e que o país está numa profunda crise fiscal. Não tem dinheiro para Universidades e Postos de Saúde", disse Cristovam Buarque.

Ainda segundo Cristovam, o fato da votação ter sido secreta agrava ainda mais os fatos. "Estamos numa situação que vemos vozes e mais vozes que se levantam contra a democracia e descontentar o povo é jogar lenha na fogueira dos autoritários que querem acabar com a democracia. Como se vota não sei quantos bilhões de reais do tesouro, em um momento de crise, para campanhas eleitorais sem que se saiba quem votou a favor ou contra? Eu considero uma noite vergonhosa a de ontem e num momento que os parlamentares não tem gordura moral nenhuma para queimar, do ponto de vista moral e da credibilidade".

Proposta segue para a Câmara dos Deputados

Os senadores vão analisar os destaques da proposta. Em seguida, o texto seguirá para apreciação entre os Deputados e tem de ser aprovado na outra Casa antes de 7 de outubro, para que aconteça ainda nas próximas eleições. O texto aprovado no Plenário foi elaborado pelo senador pernambucano Armando Monteiro (PTB), mas teve a colaboração do líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

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