INTERVENÇÃO

Outros estados do Brasil sonham com intervenção, diz Raul Jungmann

Ministro da Defesa Raul Jungmann defendeu decisão do Governo Federal de intervir no Rio de Janeiro

Rádio Jornal
Rádio Jornal
Publicado em 19/02/2018 às 12:54

Imagem

O ministro da Defesa Raul Jungmann, em entrevista à Rádio Jornal nesta segunda-feira (19), defendeu a decisão do Governo Federal de intervir no Rio de Janeiro. Além de não enxergar outra possibilidade para a situação da segurança pública carioca, o ministro acredita, ainda, que outros estados do Brasil gostariam de receber a mesma atenção.

"Têm populações de grande parte do Estado brasileiro que estão, sem sombra de dúvida, sonhando com uma possibilidade igual. Não dava pra continuar a situação que se vivia no Rio de Janeiro e com as imagens que se viu lá no Carnaval. Não tinha mais outra saída, outra possibilidade que não fosse essa intervenção federal", disse Jungmann, que reforça o termo "federal" no lugar de "militar". O político está convicto de que os moradores do Rio aprovam a ação. "Eles aplaudem de pé".

Confira a entrevista completa:

Questionado de onde teria surgido a ideia da intervenção dentro do Governo - uma vez que ele e o ministro Moreira Franco são noticiados como os pais dessa intervenção -, Jungmann se esquivou na responsabilidade, atribuindo a decisão ao presidente Michel Temer. "O que eu sei é que o presidente da República foi quem passou essa ideia. Eu estava me dirigindo a uma outra reunião sobre os refugiados venezuelanos, aqui no Palácio da Alvorada, e o presidente pediu que eu fosse ao Jaburu. Lá, ele então nos comunicou que pensava em fazer essa intervenção porque o Rio de Janeiro tinha ultrapassado todos os limites".

Críticas à intervenção

Sobre as contundentes críticas da imprensa nacional, especialmente da carioca, à intervenção, Raul Jungmann rebateu: "A mídia do Rio de Janeiro tem uma "que" masoquista porque só apresenta aquilo que vai mal. Têm coisas que têm avançado. Roubo de cargas, pro exemplo, nós temos conseguido reduzir de forma significativa. Outras coisas não". Ele finalizou dizendo que não pretende deixar o Ministério da Defesa. "Se sair daqui é para ser candidato a deputado federal. É a unica alternativa que tenho".