PARALISAÇÃO

Greve da Adagro paralisa fiscalização agropecuária em todo o Estado

Servidores pedem melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Greve da Adagro paralisa atividades no Parque de Exposição do Cordeiro

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 05/04/2018 às 8:10
Foto: JC Imagem
FOTO: Foto: JC Imagem

A fiscalização de alimentos em feiras e supermercados e do comércio de frutas e verduras está prejudicada em Pernambuco. Desde a última segunda-feira (2), funcionários da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) paralisaram as atividades pedindo melhores condições de trabalho e reajuste salarial.

Na sede da Adagro, que fica no Parque de Exposições do Cordeiro, os serviços foram suspensos. Uma das funções da Agência é fiscalizar os produtos vendidos no Ceasa. Sem a fiscalização, produtores não podem vender a clientes, dentro ou fora do País.

Perdas salariais

De acoedo com o Sindicato dos Servidores da Adagro, a categoria está há mais de quatro anos sem reajuste. Eles acumulam 30% de perdas salariais.

Prejuízos

A função dos técnicos da Adagro é efiscalizar e emitir documentos obrigatórios para o transporte de todos os produtos de origem animal e vegetal, seja em natura ou congelado. O transporte de animais, seja para o abate, seja para exposições, é afetado pela falta desses documentos. Com isso, a exportação de frutas produzidas no Sertão e no Agreste do Estado também é impactada diretamente.

Na Adagro de Petrolina, servidores fazem café da manhã de protesto e montam mesa com produtos fiscalizados pela Agência
Na Adagro de Petrolina, servidores fazem café da manhã de protesto e montam mesa com produtos fiscalizados pela Agência
Foto: Divulgação/Adagro

Petrolina

Apenas em Petrolina, no Sertão do Estado, os os prejuízos causados pela paralisação da Adagro já passam de U$ 2,7 milhões. De acordo com o gerente do Sindicato dos Produtores Rurais da cidade, todas as frutas que saem do Vale do São Francisco precisam de autorização para serem comercializadas. "Acontece que a fruta é perecível, chega um momento que ela tem que ser comida, ou vai se perder na própria planta", diz. De acordo com ele, são mais de 1.100 toneladas de frutas paradas esperando autorização para serem vendidas.

Além de Petrolina, a Agência Regional da Adagro fiscaliza os municípios de Afrânio, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó e Santa Maria da Boa Vista, todas no Sertão do Estado. Saiba mais na reportagem Marco Aurélio, da Rádio Jornal Petrolina: