MILITÂNCIA

Apoio a Lula: Manifestantes prometem permanecer na PF em Curitiba

O ex-presidente Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o sábado (7)

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 08/04/2018 às 16:35
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
FOTO: Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O primeiro dia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba amanheceu tranquilo. Dezenas de pessoas passaram a noite em vigília em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, no bairro Santa Cândida, onde o ex-presidente Lula cumpre pena de 12 anos e 1 mês.

Os movimentos sociais, militantes prometem ficar no lugar no local até que seja tomada uma decisão sobre a liberdade de Lula. A presidente da CUT Paraná, Regina Cruz, fala sobre a mobilização. “A intenção é ficar, tem mais pessoas vindo. Isso aqui é só começo. A gente vai manter a vigília e não tem previsão de saída da militância. Depois do que aconteceu ontem é que tem pessoas se deslocando para cá (...) As pessoas querem ajudar de alguma forma, querem vir para cá prestar solidariedade”, destacou.

Lula está em uma sala especial, transformada em sala de Estado-Maior devido à condição de ex-presidente. No local, há cadeira, mesa, cama e banheiro exclusivo. Há ainda uma janela que dá vista para a área interna do prédio.

Neste domingo, as ruas próximas ao local continuam fechadas. A Polícia Militar faz um bloqueio no local em um raio de 500 metros. Lá, cerca de 400 manifestantes favoráveis ao ex-presidente passaram a noite. O clima é de tranquilidade. Os militantes estão respeitando o perímetro definido de uma quadra ao redor da Polícia Federal.

A repórter Flavia Barros acompanhou a movimentação no local durante a manhã:

Também próximo ao bloqueio, moradores da cidade e curiosos se aproximam para tirar fotos e ver de perto o local onde o ex-presidente começa a cumprir a pena de 12 anos e um mês de prisão imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Confrontos na chegada de Lula

Na noite deste sábado (7), após a chegada de Lula, houve tumulto e oito pessoas ficaram feridas. O ex-presidente chegou na sede da Polícia Federal em Curitiba por volta das 22h30.

A senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, conversou com a imprensa e disse que Lula estava tranquilo. Ela explicou que não viu o ex-presidente, mas que fontes da PF informaram que ele estava calmo. A parlamentar também criticou a ação policial durante a chegada do petista, quando foram lançadas bombas de gás lacrimogênio. Segundo ela, as forças policiais precisam se preparar melhor e se planejar para lidar com a situação já que a previsão do grupo é fazer uma vigília enquanto Lula estiver na Superintendência.

Após o ocorrido, a PM informou que as bombas foram lançadas pela PF. Informou também que usou balas de borracha contra o grupo a favor de Lula, porque, segundo a corporação, após a explosão das bombas manifestantes favoráveis começaram a correr em direção ao grupo com ideologia oposta. Mas os manifestantes negaram e criticaram a ação policial.