A vereadora Marília Arraes (PT), pré-candidata ao Governo de Pernambuco, disse em entrevista à Rádio Jornal, nesta segunda-feira (23), que não subirá em um palanque socialista no caso de uma possível aliança do PT com o PSB a nível estadual - cenário que, ela acredita, não irá se concretizar. "A recomendação que recebi de Lula é de continuar defendendo candidatura própria em Pernambuco. Não podemos decepcionar a nossa militância", disse, revelando que o nome dela foi um chamado das bases do partido, dos movimentos sociais. "Demorei para assimilar, mas foi natural. Eu não teria o direito de desistir e tirar essa candidatura". E disparou: "A candidatura não estar consolidada dentro partido é apenas uma questão burocrática".
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Sobre as intenções da movimentação do PSB ao se aproximar do PT, ela opinou. "Nossa candidatura tem chances reais de ganhar a eleição. Nós sabemos do apoio enorme que Lula tem em Pernambuco. Querem se aproveitar dessa influência de Lula para diminuir nossa candidatura. Essa eleição vai ser mais política e menos eleitoral. A maior missão do PT vai ser a defesa do presidente Lula e do projeto que ele representa. E colocar em xeque essa agenda anti-povo".
Possível gestão
No terceiro mandato como vereadora do Recife, Marília garantiu que, como governadora, não vai flexibilizar os projetos petistas como o PSB fez com os seus em 2014, quando "cogitou tirar o 'socialista' para aceitar alianças". Na agenda de futuras ações como chefe do Estado, a pré-candidata quer cuidar da questão da violência "para ontem" e dar atenção à falta de água que atinge boa parte dos municípios de Pernambuco. "Nosso governo vai ter comando, vai chamar para si os problemas, assumir a responsabilidade e não colocar a culpa em outros atores, como tem sido feito". E alfinetou: "Não vamos ficar de um escritório olhando o Google Earth porque é assim que muito secretário conhece Pernambuco. Temos que ter pessoas que conheçam Pernambuco. Temos que estar nos municípios".