CURITIBA

Ele está lá dentro injustiçado, preso sem provas, diz filha de Lula

A filha de Lula, Lurian Cordeiro Lula da Silva, participou do ato unificado do Dia do Trabalhador, ontem (1º), em Curitiba

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 02/05/2018 às 17:28
Flávia Barros/ Rádio Jornal
FOTO: Flávia Barros/ Rádio Jornal

As manifestações pró e contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuam a movimentar Curitiba, onde o petista está preso desde o dia 7 de abril. Desde a manhã desta quarta-feira (2), pessoas que antes acampavam em frente à Justiça Federal, os apoiadores da Lava Jato, agora acampam em frente à Prefeitura de Curitiba.

Já os militantes que protestam em favor do ex-presidente continuam com a vigília no entorno da Superintendência da Polícia Federal, onde Lula está preso.

A filha de Lula, Lurian Cordeiro Lula da Silva, participou do ato unificado do Dia do Trabalhador em Curitiba, nesta terça-feira (1º), e, nesta quarta-feira (2), disse que não tem como visitar o pai sem passar pelos locais de manifestação em favor do petista. “A gente chega lá [na carceragem] já no impacto de ‘vamos levar energia boa’, a gente vai combinado de ninguém chorar, dar boas notícias, na semana passada foi a bisneta, que é uma bebê e ele curte muito”, contou.

Ela disse que os momentos de visita são importantes para levar coisas boas para o ex-presidente. “Ele está lá dentro indignado, injustiçado, preso sem provas e cada vez mais nós temos a prova da inocência. Eles não conseguem dar a prova da culpabilidade dele. Você fica muito indignado quando você é vítima de uma injustiça”, destacou.

Confira os detalhes na reportagem de Flávia Barros:

Ela ainda aproveitou a oportunidade para alfinetar o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, que pediu diretamente à Justiça Federal, nesta quarta-feira (2), a transferência de Lula do prédio da Superintendência. “Acho que o prefeito poderia incorporar à gente e vim pedir para a PF soltar o Lula, já que ele se sente incomodado”, brincou.

Segundo o prefeito, não há um alvará para que haja carceragem no prédio administrativo da Polícia Federal.

Ataque à caravana

O delegado Helder Lauria, que comanda as investigações sobre o atentado à caravana do ex-presidente, disse que os disparos que atingiram o ônibus foram intencionais, mas ainda não tem informações sobre autoria e motivação. O atentado aconteceu no dia 27 de março e ninguém ficou ferido.