ENTREVISTA

Não tem nada a ver com Marília Arraes, diz João Paulo sobre saída do PT

Ex-prefeito do Recife diz que tem sido tratado como uma joia pela sua nova legenda, o PCdoB

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 08/05/2018 às 10:45
Sérgio Bernardo/JC Imagem
FOTO: Sérgio Bernardo/JC Imagem

Ex-prefeito do Recife eleito pelo PT e agora integrante do PCdoB, João Paulo tem pressa. Em entrevista ao programa Passando a Limpo, conduzido por Geraldo Freire, na Rádio Jornal, João Paulo afirmou, na manhã desta terça-feira (8), que a indefinição do partido no estabelecimento das estratégias e das possíveis alianças para as eleições de 2018 o afastou da antiga legenda. Ele não decidiu ainda, entretanto, se será candidato no pleito deste ano.

Ouça a entrevista na íntegra:

Saída do PT

“Marília Arraes não teve nenhum peso (na desfiliação)”, comenta o ex-prefeito. “Eu acho que a saída de um partido é feito casamento. Você tem uma convivência excelente, depois sai e fica falando (mal)? Não é isso”, compara. Para ele, a candidatura de Marília tem potencial, mas pontua que o próprio partido deixou a decisão para julho. “Há questões das coligações, da formação da chapa, da vice, são coisas que o partido tem que resolver”, explica.

Fora do PT, João Paulo afirma que sua vida política não mudou muito. “Continuo na mesma luta, independente do partido. Fui muito bem acolhido pelos companheiros do PCdoB, eles me tratam como uma joia”. O ex-prefeito ressalta ainda a relação excelente que tem com nomes históricos de sua nova legenda, como Luciano Siqueira (que foi vice-prefeito em sua gestão na Prefeitura do Recife) e Luciana Santos.

João Paulo destaca ainda que sua saída do PT foi adiada algumas vezes devido a pedidos dos ex-presidentes Dilma e Lula, a quem defendeu durante a entrevista. Para ele, é preciso garantir a libertação de Lula e a volta do ex-presidente à disputa para que “o povo possa escolher”. Mesmo em outra agremiação partidária, o novo comunista ressalta que continuará ao lado do seu antigo correligionário. “Mataram a esperança”, declara, afirmando que o Brasil chegou ao posto de uma grande potência mundial durante a gestão do petista.