TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Desembargador nega habeas corpus para suspeitos de matar médico

A esposa e o filho do médico Denirson Paes da Silva estão presos suspeitos de envolvimento no crime

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 12/07/2018 às 12:03
Foto: Reprodução/Facebook
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O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou o pedido de liberdade provisória para a esposa e o filho mais velho do médico Denirson Paes da Silva, cujos restos mortais foram encontrados na semana passada dentro de um poço em Aldeia. A decisão é do presidente da 2ª Câmara Criminal, o desembargador Antônio de Melo e Lima.

A farmacêutica Jussara Rodrigues Silva Paes e o engenheiro Danilo Rodrigues Paes estão presos temporariamente. Eles são suspeitos de homicídio triplamente qualificado e ocultação do cadáver.

A principal suspeita da Polícia Civil é de que a esposa do médico não aceitava o pedido de divórcio e havia uma disputa pelo patrimônio da família. Durante coletiva, na semana passada, o chefe da Polícia Civil, Joselito Kerhle, confirmou a forte suspeita de que o homicídio foi premeditado.

A polícia revelou também que encontrou manchas de sangue na residência da família, inclusive em um dos banheiros. A casa também teria passado por faxina várias vezes, o que causou mais desconfiança. Os investigadores acreditam que outra pessoa, além de mãe e filho, participou do crime.

Relembre o caso

O corpo de Denirson Paes da Silva foi encontrado no fundo de um poço que pertence à casa onde morava com a família no dia 4 de julho. Os investigadores chegaram à residência do médico depois que a própria esposa prestou queixa, no dia 20 de junho, do desaparecimento do marido. No boletim de ocorrência a mulher alegava que a última informação sobre o paradeiro do marido era de que ele havia embarcado numa viagem internacional no começo do mês e desde então não havia entrado em contato com a família.

Entretanto, durante as investigações, a Polícia Civil identificou que o cardiologista estava desaparecido desde o dia 31 de maio e que a viagem citada havia sido desmarcada pela própria vítima. O enterro dos restos mortais do médico ainda está sem data marcada por causa da necessidade de haver mais detalhes da ocorrência.