ENTREVISTA

Boulos evita comparação com Haddad: conheço a realidade não de ouvir falar ou ler em livro

Em entrevista à Rádio Jornal, o candidato a presidente pelo PSOL Guilherme Boulos afirmou que confia no crescimento nas pesquisas e na renovação do Congresso.

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 22/08/2018 às 9:55
Felipe Jordão/JC Imagem
FOTO: Felipe Jordão/JC Imagem

Em entrevista à Rádio Jornal, o candidato a Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, afirmou que tem confiança no crescimento nas pesquisas de intenção de voto. Nas últimas pesquisas, Boulos oscila entre 0,9% e 1%. O candidato também evitou comparações com o atual candidato a vice-presidente na chapa do PT, Fernando Haddad.

Pesquisas

"A campanha está começando agora. Estamos diante das eleições mais indecisas dos últimos 30 anos. As pessoas não vão votar em quer não conhecem", disse. "O jogo começou agora. Deixa a gente jogar", afirmou sobre o desempenho nas pesquisas.

Comparação com Haddad

Perguntado se era parecido com o candidato do PT, Boulos disse que mora na periferia de São Paulo e convive com a realidade do pobre brasileiro. "Sei da realidade não de ouvir falar nem de ler em livro, mas de viver no dia a dia", afirmou. "Se eu achasse que Haddad é a solução, eu não seria candidato. Sou candidato porque acredito que o País precisa de um novo projeto, que não seja novo só no nome", disse.

Nova esquerda

Para Boulos, a esquerda precisa fazer uma revisão de conceitos. "Não vamos fazer toma lá dá cá nem passar a mão na cabeça de ninguém", diz sobre o fim do que ele chama de aliança com o centrão. "Ninguém consegue nada sozinho. Eu não estou sozinho. Temos uma aliança ampla, que faz um projeto de baixo para cima", completa.

Sistema falido

Esse sistema político partidário está falido, está levando as pessoas à descrença na política. "Se a gente quer chegar em outro lugar, a gente tem que governar de outro jeito", disse. "Voto não pode ser cheque em branco. Eleitor não pode votar, ir embora para casa e achar que fez a parte dele. Vou fazer plebiscitos e referendos para que o povo participe do governo", afirma. "Acredito que esse eleição vai renovar o Congresso Nacional. Temos o Congresso mais desmoralizado da história do Brasil", completou.