JUSTIÇA

Justiça nega habeas corpus para suspeitos de matar médico de Aldeia

O STJ nevou o terceiro pedido de liberdade para Jussara e Danilo Paes. A esposa e o filho do médico Denirson Paes da Silva estão presos suspeitos de envolvimento no crime

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 24/08/2018 às 9:43
Foto: Reprodução/Facebook
FOTO: Foto: Reprodução/Facebook

O SuperTribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou o pedido de habeas corpus impetrado em favor de Jussara Rodrigues da Silva Paes, 54 anos, e Danilo Paes Rodrigues, 23, viúva e filho suspeitos de matar o médico Denirson Paes da Silva, 54, cujo corpo foi encontrado na cacimba da casa onde morava com a família em Aldeia, Camaragibe, no Grande Recife. Foi a terceira tentativa da defesa de libertar os dois. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou os primeiros pedidos.

A decisão do presidente da Sexta Turma, ministro Nefi Cordeiro, foi assinada na segunda-feira (20) e consta na edição desta sexta-feira (24) do Diário da Justiça Eletrônico. Agora, a medida jurídica será analisada pela Turma. “Não se constata ilegalidade flagrante que justifique o deferimento da liminar, sendo necessária a apreciação aprofundada do habeas corpus por ocasião do exame de mérito, pela Turma, então garantindo a eficácia plena das decisões pelo Colegiado”, diz um trecho da decisão.

A farmacêutica Jussara e o filho mais velho do casal foram autuados no dia 5 de julho, como suspeitos do crime, e encaminhados à Colônia Penal Feminina do Recife, na Zona Oeste, e ao Cotel, em Abreu e Lima, no Grande do Recife, respectivamente. Eles são suspeitos de homicídio triplamente qualificado e ocultação do cadáver. A principal suspeita da Polícia Civil é de que a esposa do médico não aceitava o pedido de divórcio e havia uma disputa pelo patrimônio da família.

Relembre o caso

O corpo de Denirson Paes da Silva foi encontrado no fundo de um poço que pertence à casa onde morava com a família no dia 4 de julho. Os investigadores chegaram à residência do médico depois que a própria esposa prestou queixa, no dia 20 de junho, do desaparecimento do marido. No boletim de ocorrência a mulher alegava que a última informação sobre o paradeiro do marido era de que ele havia embarcado numa viagem internacional no começo do mês e desde então não havia entrado em contato com a família.

Entretanto, durante as investigações, a Polícia Civil identificou que o cardiologista estava desaparecido desde o dia 31 de maio e que a viagem citada havia sido desmarcada pela própria vítima. O enterro dos restos mortais do médico ainda está sem data marcada por causa da necessidade de haver mais detalhes da ocorrência.