DPCA

Mulheres podem pegar 8 anos de prisão após denúncia de falso sequestro

A denúncia do falso sequestro foi feita no dia 15 de agosto e teria acontecido em uma comunidade no bairro de Campo Grande

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 16/10/2018 às 16:23
Reprodução/ TV Jornal
FOTO: Reprodução/ TV Jornal

A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava um falso sequestro sofrido por duas irmãs adolescentes, uma de 13 e outra de 14 anos, que teria ocorrido no último mês de agosto em uma comunidade no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife.

De acordo com as investigações, o crime não aconteceu e toda situação foi planejada pela própria mãe e pela tia das garotas com a intenção de punir um ex-companheiro da madrinha das meninas que havia abusado sexualmente uma delas, que na época do crime tinha onze anos de idade.

A denúncia do falso sequestro foi feita pela mãe das adolescentes. Segundo o delegado do DPCA, Ademir Oliveira, a mulher procurou o departamento para informar que o ex-companheiro da madrinha havia sequestrado as filhas na porta da escola. Mas após investigações o delegado comprovou que toda ação foi planejada.

Confira os detalhes na reportagem de Juliana Oliveira:

De vítimas a criminosas

A mãe e a tia da garota irão responder pelos crimes de corrupção de menor e denunciação caluniosa já que elas duas além de planejar também denunciaram o suposto crime a polícia. As mulheres irão responder em liberdade, mas podem pegar até oito anos de prisão.

Já as adolescentes não são mais consideradas pela polícia como vítimas e irão responder por ato infracional de denunciação caluniosa. Em relação ao homem denunciado pela mãe ele já responde a processo criminal por estupro de vulnerável.

Denúncia caluniosa

O suposto sequestro foi denunciado no dia 15 de agosto. As mulheres informaram que ação foi praticada por três homens, sendo um deles o ex-padrasto das garotas que estavam todos em um carro preto.

As adolescentes confirmaram o suposto sequestro à polícia e ainda afirmaram que passaram seis dias em cárcere privado. Elas também mentiram quando informaram à polícia que só conseguiram sair do local onde estariam supostamente sequestradas após repercussão do caso na imprensa. “Elas mobilizaram Polícia Civil, imprensa, Conselho Tutelar, uma instituição de proteção a vítimas mantida pela Prefeitura do Recife onde elas ficaram abrigadas após terem reaparecido e tudo isso ficou provado que era uma grande farsa”, contou o delegado.