OPERAÇÃO ABISMO

Prefeito do Cabo, Lula Cabral é preso em operação da PF

Em operação que corre sob sigilo de justiça, houve uma fraude no instituto previdenciário do Cabo de Santo Agostinho

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 19/10/2018 às 12:21
Foto: Leo Motta/JC Imagem
FOTO: Foto: Leo Motta/JC Imagem

O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Lula Cabral (PP), foi preso em operação contra fraudes no instituto previdenciário, na manhã desta sexta-feira (19). O mandado de prisão faz parte da Operação denominada "Abismo", da Polícia Federal (PF), busca a desarticulação de uma empresa que cometia fraudes em institutos previdenciários em vários estados do País.

De acordo com a PF, as investigações da operação tiveram início em março deste ano e apontam que foram transferidos mais de R$ 90 milhões de reais do instituto previdenciário do Cabo, que antes se encontravam investidos em instituições sólidas, para fundos de investimento compostos por ativos “podres”. Isso significa que não tem lastro e com uma grande probabilidade de inadimplência futura. Este esquema coloca o risco de pagamento da aposentadoria dos servidores do município e há possibilidade de já estarem prejudicados com a ação.

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Números da operação

Nesta sexta-feira, houve cinco mandados de prisão no Estado, e até o fim da manhã, quatro já haviam sido cumpridas. Segundo a investigação, que ocorre sob sigilo de justiça, houve a atuação de 220 policiais federais em cumprimento de sessenta e quatro ordens judiciais.

No total, foram sendo 42 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e 12 mandados de prisão temporária, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal. Estão sendo presos, empresários, lobistas, advogados, políticos, religiosos e outras pessoas que de uma forma tem participação com o esquema criminoso.

As medidas foram determinadas pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores depositados em contas em nome dos investigados.