VIOLÊNCIA

Filha conta que viu pai ser morto por policial militar após briga

O policial militar Renato Silva de Carvalho, de 35 anos, foi preso em flagrante após matar a tiros o lanterneiro Pedro José Diogo, de 47 anos

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 22/10/2018 às 14:05
Reprodução/ TV Jornal
FOTO: Reprodução/ TV Jornal

Um policial militar foi preso em flagrante e vai passar por audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (22) por matar a tiros um homem de 47 anos no domingo (21), no bairro dos Torrões, na Zona Oeste do Recife. Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu após um desentendimento do PM Renato Silva de Carvalho, de 35 anos, com a vítima Pedro José Diogo, de 47 anos.

De acordo com testemunhas, Pedro José voltava de um piquenique com amigos e familiares na praia de Gaibu, no Cabo de Santo Agostinho, quando houve uma discussão entre a filha de Pedro e a esposa do suspeito. Chegando em casa, o lanterneiro e o policial militar entraram em luta corporal e a esposa do soldado teria entregue ao marido a arma. O suspeito disparou várias vezes contra Pedro José, que foi atingindo por dois tiros e morreu no local.

A filha da vítima, Rayana Alícia Barbosa, de 21 anos, contou que a esposa do policial militar perguntou ao suspeito se ele queria que ela fosse pegar a arma em casa. "Eu vi ele matando meu pai", narrou a garota.

Confira os detalhes na reportagem de Bruna de Oliveira:

Um homem identificado como José Francisco Bezerra Filho, que estava no passeio com a família do lanterneiro e tentou separar a briga acabou levando um tiro no abdômen. Ele passou por uma cirurgia geral no Hospital da Restauração, no bairro do Derby, na área central do Recife. De acordo com a assessoria da unidade de saúde, o quadro de saúde dele é estável.

Corporação confirma crime

Em nota, a Polícia Militar afirmou que no momento do crime, o soldado ligou para o 190 e acionou uma equipe do 13º Batalhão da Polícia Militar, que o encaminhou ao Hospital da Polícia Militar. Após o atendimento ele foi encaminhado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que vai ficar responsável pelas investigações.