ELEIÇÕES

Jair Bolsonaro mantém favoritismo e é eleito novo presidente do Brasil

Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), manteve o favoritismo e deve assumir o comando do país no dia 1º de janeiro de 2019.

Rádio Jornal
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Publicado em 28/10/2018 às 19:25
Agência Brasil
FOTO: Agência Brasil

Numa disputa apertada, Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL) venceu as eleições 2018 e é o novo presidente do Brasil com 55, 13% dos votos válidos. Aos 63 anos, será o 38º presidente da República Federativa do Brasil. Líder na primeira fase das eleições, manteve o favoritismo e deve assumir o comando do país no dia 1º de janeiro de 2019.

Nascido em Glicério, no interior paulista, o novo presidente do Brasil é capitão da reserva. Formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras em 1977 e serviu nos grupos de artilharia de campanha e paraquedismo do Exército Brasileiro.

Bolsonaro entrou para a política cedo. Em 1988, foi eleito vereador do Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão. Desde 1991 é deputado federal, exercendo atualmente o 7º mandato consecutivo. Jair Bolsonaro já passou por oito partidos e entrou no PSL em março deste ano para concorrer ao cargo máximo do Brasil, tendo o general da reserva do Exército, Hamilton Mourão, do PRTB, como vice.

Ouça os detalhes na reportagem de Natalia Hermosa e Rafael Souza:

Facada em ato de campanha

Na tarde de 6 de setembro de 2018 levou uma facada na cidade mineira de juiz de fora, enquanto participava de uma caminhada. Bolsonaro ficou 24 dias internado. Mesmo sem fazer campanha, usando as redes sociais para falar com os seguidores, ele liderou todas as pesquisas.

O capitão da reserva não compareceu a nenhum debate no segundo turno, sendo a primeira vez na história da redemocratização que um presidente é eleito sem ter sido confrontado com o adversário.

Fatos da carreira

A defesa da Ditadura Militar é uma das principais bandeiras da carreira política de Bolsonaro. O político já fez inúmeros discursos favoráveis ao regime que vigorou de 1964 a 1985, incluindo o apoio à tortura. Em 2016, dedicou ao general e torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra o voto pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).

Como deputado federal, protagonizou embates no congresso que terminaram em investigações por quebra de decoro parlamentar, racismo e apologia ao estupro.

Propostas

No plano de governo, Bolsonaro defende uma redução no número de ministérios. Ele também prometeu acabar com a interferência partidária na escolha dos ministros, além de já ter confirmado o nome do banqueiro Paulo Guedes como ministro da Fazenda.

Jair Bolsonaro apoia a revogação do estatuto do desarmamento. O capitão é favorável ao abrandamento da legislação para posse e porte de armas.

Tendo como principais bandeiras a defesa dos valores da família tradicional e a maior repressão ao crime, Bolsonaro deve encontrar um Congresso Nacional complexo, mesmo o PSL tendo a segunda maior bancada na Câmara dos Deputados, com 52 parlamentares eleitos.

Nos próximos dois meses, Jair Bolsonaro vai definir os nomes que vão ocupar os ministérios e será diplomado em dezembro. O novo presidente vai receber a faixa presidencial de Michel Temer no dia primeiro de janeiro.