JATOBÁ

Grupo se une para ajudar comunidade Pankararu atingida por incêndio

Um incêndio criminoso destruiu a escola e o posto de saúde da comunidade Pankararu, localizada em Jatobá, no Sertão de Pernambuco

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 30/10/2018 às 14:00
Reprodução/ Facebook
FOTO: Reprodução/ Facebook

Um grupo de estudantes pernambucanos se uniu para tentar ajudar a reserva indígena Pankararu, que fica em Jatobá, no Sertão do Estado, e foi alvo de uma ação criminosa na madrugada última segunda-feira (29). A escola municipal e o posto de saúde da comunidade foram alvos de um incêndio criminoso.

O coletivo Dhoze, que é composto por estudantes da pós-graduação em Direitos Humanos da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), está arrecadando livros de todos os gêneros para ajudar na recuperação da escola que teve quase toda a estrutura destruída pelo fogo.

A estudante da Unicap Rayane Marinho explica como surgiu a ideia. "Todo mundo já tinha o mesmo sentimento de perda coletiva e social e a gente teve a ideia de recolher alguns livros para refazer parte do que havia sido queimado", contou.

Rayane também comentou como vão fazer para catalogar os livros que vão ser arrecadados até o final de novembro. "A gente conseguiu a ajuda de uma menina que fez biblioteconomia e ela se dispôs a ensinar a gente como cataloga", explicou.

O Ministério Público Federal determinou à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar o incêndio. O órgão também vai promover uma audiência pública para discutir a situação da terra indígena Pankararu.

A doação pode ser feita na Biblioteca da Unicap, localizada na Rua do Príncipe, número 526, bairro da Boa Vista, área central do Recife.

Encontro discute situação de Pankararu

O encontro vai ter como convidados os representantes do Incra, Funai, Justiça, Defensoria Pública e Polícia Militar, vai acontecer na Câmara de Vereadores de Jatobá, no dia 22 de novembro. O Ministério Público determinou também que rondas policiais sejam realizadas diariamente na reserva indígena para coibir ações criminosas.

Em nota, acrescentou ainda que é preciso aguardar a conclusão das investigações para adoção de medidas judiciais. A Polícia Federal começou as investigações na última terça-feira (30) juntamente com a Polícia Civil. Atualmente, 7.200 índios moram na aldeia.