A 21 dias da primeira audiência de instrução do caso do cardiologista Denirson Paes, morto e esquartejado pela esposa Jussara Rodrigues e o filho mais velho Danilo Paes, em um condomínio em Aldeia, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, a defesa dos acusados rebateu interpretações apresentadas pela Polícia Civil e a acusação do Ministério Público de Pernambuco.
Jussara Rodrigues da Silva Paes, que está presa na Colônia Penal Feminina do Bom Pastor, no Recife, e Danilo Paes, que está no Cotel, em Abreu e Lima, são acusados de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O advogado da esposa e do filho da vítima, Rafael Nunes, acredita que a investigação da polícia apresentou falhas e foi conduzida de forma tendenciosa.
Ele vai tentar inocentar Danilo da participação no crime, que ele considera tão inocente quanto Daniel, o outro filho do médico, e Jussara do homicídio. Para isso, o defensor apresentou um laudo psiquiátrico que diz que a esposa procurou três vezes o atendimento por se sentir ameaçada e uma tomografia na qual consta que Danilo já apresentava problemas na coluna na época do crime.
Entre outras alegações, Rafael Nunes disse que a cliente dele era ameaçada e agredida por Denirson e que chegou a solicitar uma medida protetiva em 2015 e cinco dias depois procurou o juiz para retirá-la por medo.
Confira os detalhes na reportagem de Rafael Carneiro:
Motivação financeira é rebatida
Em relação a recente alegação de motivação financeira para o crime de Denirson Paes, Rafael Nunes, considerou de interesse dos familiares do médico. “Quem tá preocupado com questões financeiras é a família de Denirson, porque tem total interesse em que Jussara e Danilo sejam declarados culpados porque assim acontecendo serão declarados indignos à herança de Dernirson. Tudo ficaria para o filho mais novo, que eles têm total domínio”, afirmou.
Por fim o advogado de defesa contou que em 30 anos de casamento, Jussara Rodrigues foi violentada física e sexualmente e nunca procurou a polícia por amor aos filhos.