Os familiares e amigos da menina Beatriz Motta realizam buscas por todo o Vale do São Francisco atrás do Alisson Henrique de Carvalho Cunha, suspeito de ter apagado as imagens de câmeras de segurança gravadas no dia em que a menina foi morta, em dezembro de 2015. Grupos também estão realizando buscas e apelos em cidades da Bahia, onde, segundo a família da menina, o suspeito teria família. “Estamos no meio das ruas caçando ele e pedindo informação. Esperamos que as pessoas entrem em contato com o número dado pela polícia para ajudar nessa busca”, diz Lúcia Motta, mãe e Beatriz.
Alisson teve a prisão preventiva decretada na última quarta-feira (12), mas o seu advogado, Wank Medrado, informou à imprensa nessa quinta-feira (13) que o seu cliente não vai se entregar à Polícia. “Ele não vai se entregar porque teme pela sua integridade física. Se ele se entregar, será morto”, disse. Quanto ao paradeiro de Alisson, o advogado se limitou a dizer fará na próxima semana um pronunciamento importante sobre o caso. O assunto do comunicado não foi revelado. Ele ainda não entrou com recurso no TJPE pedindo a revogação da prisão.
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Para a família de Beatriz, o fato de o suspeito não se entregar à polícia representa uma confissão de culpa. “Se ele apagou as imagens, então, no mínimo, participou ou fez a mando de alguém. Ele é só a ponta do novelo para elucidar o caso, essa fuga é a confissão dele”, diz a mãe de Beatriz, Lúcia Motta.
Quatro equipes da Polícia Civil estão em diligências para encontrar e prender Alisson. De acordo com a delegada do caso, as buscas não estão limitadas à cidade de Petrolina. Na manhã desta sexta-feira (14), a Polícia Civil divulgou um telefone para que as pessoas entrem em contato caso tenham informações sobre o paradeiro do suspeito.
Contato
Quem souber de qualquer informação sobre a localização de Alisson deve entrar em contato com a polícia através do número (81) 9.8650-1229, que também possui WhatsApp. O sigilo é garantido.
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