Petrolina

Homem é flagrado pintando cartaz com foto de procurado no caso Beatriz

O homem que aparece nas imagens pinta o cartaz para cobrir a foto de Alisson Henrique de Carvalho Cunha, considerado foragido pela polícia por envolvimento no caso da morte da menina Beatriz, em Petrolina

Júlio Cirne
Júlio Cirne
Publicado em 27/12/2018 às 14:21
Foto: Reprodução / TV Jornal
FOTO: Foto: Reprodução / TV Jornal

Uma câmera de segurança registrou imagens do momento em que um homem cobre cartazes com a foto de um suspeito procurado por envolvimento no caso do assassinato de Beatriz Mota, ocorrido em Petrolina em dezembro de 2015. Na filmagem é possível o homem tirando da parede a aviso de "procurado", com uma foto de Alisson Henrique de Carvalho Cunha, que teve a prisão preventiva decretada e é considerado foragido pela polícia desde o início deste mês.

Alisson era funcionário da Escola Maria Auxiliadora, em Petrolina. Segundo apontam as investigações, ele apagou as imagens das câmeras de segurança da unidade de ensino referentes ao dia em que o crime aconteceu, obstruindo uma possível conclusão do caso, uma vez que as câmeras podem ter registrado a ação do assassino da criança. Beatriz Mota tinha apenas 7 anos de idade quando foi morta. Veja as imagens do momento em que o homem cobre o cartaz:

Assista:

O chefe da Polícia Civil em Pernambuco, Joselito Amaral, conversou com a reportagem da Rádio Jornal na tarde desta quinta-feira (28) e informou que o responsável por danificar o cartaz pode ser autuado pelos crimes de dano ao patrimônio, além de obstrução do processo policial: "O que a gente percebe nas imagens é um flagrante desserviço ao trabalho policial. Se o objetivo hoje é a captura do primeiro 'preventivado' do caso da menina Beatriz... obviamente tudo o que vier a auxiliar na localização e captura, como a divulgação de cartazes, é pertinente e é importante para a investigação". Ouça todos os detalhes na reportagem de Mário Oliveira.

Confira:

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Relembre o caso

Beatriz Mota desapareceu durante a festa de formatura da irmã mais velha, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, no dia 10 de dezembro de 2015. A menina pediu à mãe para beber água e sumiu em seguida.

O corpo foi encontrado cerca de 40 minutos depois, com 42 perfurações de faca. O que aconteceu nesse espaço de tempo permanece um mistério, mesmo após três anos e quatro delegados no comando das investigações.

Há um ano, a delegada Polyana Neri, diretora-adjunta da Diretoria Integrada do Interior 2, assumiu o caso em caráter de exclusividade. No último dia 12 de dezembro, em nota onde disseram acreditar nas instituições e no poder público, os pais de Beatriz Mota, Sandro Romilton e Lúcia Mota, cobraram a prisão do homem.

No texto, Sandro e Lúcia destacam que não imputam ao ex-prestador de serviço da escola a autoria do crime de homicídio, mas “a prática de crimes diversos que de alguma forma contribuíram para que até agora não se chegasse ao resultado esperado por todos”. De acordo com eles, a partir do momento em que gravações foram corrompidas, “não se pôde mais chegar com precisão ao autor ou autores do fato criminoso”. Em março de 2017, foram divulgadas imagens que teriam sido recuperadas e mostram o suposto assassino.

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