HOMICÍDIO DOLOSO

Homem é preso após forjar exames e transmitir HIV para esposa

A mulher contraiu o vírus HIV e faleceu; o homem é suspeito de ter transmitido vírus para outras pessoas

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 20/02/2019 às 14:38
Divulgação/ Polícia Civil
FOTO: Divulgação/ Polícia Civil

Um homem de 33 anos foi preso suspeito de transmitir HIV para a companheira com a intenção de matá-la. As informações sobre a prisão de Paulo Cesar da Silva, de 33 anos, foram repassadas pela Polícia Civil nesta quarta-feira (20). Ele foi preso nesta terça-feira (19), no Terminal Integrados de Passageiros, no bairro do Curado, no Recife.

De acordo com informações repassadas pela polícia, Paulo sabia que era portador de HIV e já tomava coquetel, mas não teria informado a Karine Lima da Silva, de 23 anos.

Paulo e Karina começaram a namorar quando ela tinha 14 anos e o relacionamento teria durado oito anos. A jovem faleceu em junho de 2016 e um boletim de ocorrência foi registrado em 2017 pela família da vítima. Desde então, Paulo estava foragido.

O delegado Diogo Santiago, titular da Delegacia de São Lourenço da Mata, conta porque o homem foi denunciado pelo Ministério Público de Pernambuco por homicídio qualificado. “Nesse caso específico, o representante do Ministério Público interpretou que ele cometeu o crime de homicídio doloso possivelmente pela ciência de ser portador do HIV e ter impedido dela realizar o tratamento adequado, que culminou com a morte dela”, explicou.

O delegado contou ainda que a ex-mulher do suspeito também morreu após contrair o vírus. “A família relata que à época que ele começou a se relacionar com a jovem que tinha 14 anos de idade ele era casado com uma outra mulher. E essa mulher teria procurado a família para informar que ele seria soropositivo, inclusive ele teria forjado exames de sangue para dizer que era mentira dessa esposa. Porém, ela veio a falecer”, contou.

A mãe da vítima, Marluce Maria de Lima, conta que o suspeito forjou os exames para a família.

Outras vítimas

A polícia acredita que, pela forma de agir, Paulo Cesar da Silva pode ter feito outras vítimas e por isso, com a divulgação da imagem do suspeito, pede que possíveis novas vítimas denunciem o homem.