O Supremo Tribunal Federal estabeleceu o bloqueio de contas das redes sociais de sete pessoas que são investigadas por publicarem ofensas contra o tribunal. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, que afirma que foram identificadas mensagens com conteúdo de ódio dirigido ao STF. Mandados de busca e apreensão foram expedidos contra os autores no Distrito Federal, em Goiás e em São Paulo nesta terça-feira (16).
A medida é resultado de uma investigação instaurada dia 14 de março, a pedido do presidente da Corte, ministro Dias Toffoli. O objetivo do inquérito é relatar e apurar notícias falsas, denúncias caluniosas e ameaças que atingem o respeito e a segurança de membros e familiares do STF.
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Um policial civil de Goiás entrou no alvo do Supremo após postar mensagens contra a corte. “O nosso STF é bolivariano, todos alinhados com os narcotraficantes e corruptos do país. Vai ser a fórceps”, disse um dos posts do suspeito. “O Peru fechou a corte suprema do país. Nós também podemos. Pressão total contra o STF”, ameaçou o policial em outra publicação.
Segundo o ministro do Supremo, um dos alvos de investigação é o general Paulo Chagas, que fez postagens nas redes sociais de propaganda de processos violentos ou ilegais para a alteração da ordem política e social com repercussão entre seguidores.
Após o cumprimento do mandado, o general Paulo Chagas ironizou em seu twitter:
Caros amigos, acabo de ser honrado com a visita da Polícia Federal em minha residência, com mandato de busca e apreensão expedido por ninguém menos do que ministro Alexandre de Moraes.
Quanta honra!
Lamentei estar fora de Brasília e não poder recebe-los pessoalmente.
— General Paulo Chagas (@GenPauloChagas) 16 de abril de 2019
No mandado, a ordem é para a Polícia Federal apreender todos os dispositivos eletrônicos encontrados nas casas dos suspeitos e que colha depoimentos de todos os alvos da operação.